Morreu na madrugada desta quinta-feira (26) a filha da jovem de 18 anos baleada na barriga, quando ainda estava grávida, durante uma briga de vizinhos na zona norte de São Paulo. Jurema, batizada com o mesmo nome da avó, morta por um policial militar durante uma briga de vizinhos, nasceu no domingo (22) após um parto prematuro após cinco meses de gestação.
PM mata mulher e fere jovem grávida durante briga entre vizinhos em SP
Segundo família da vítima fatal, policial atirou contra Jurema Cristina Bezerra quando ela pegou um celular para filmar as ameaças
Leia a matéria completaA mãe da criança, Gabriela Rocha Leite, 18, que também estava com o filho de um ano no colo no momento do crime, foi alvejada na barriga e no rosto e permanece internada no Hospital Luiz Gonzaga. Não há informações sobre o estado de saúde dela.
Um irmão de Jurema, de 17 anos, também foi atingido de raspão nas costas, mas passa bem.
Segundo Antônio João Agostinho, 43, o filho dele estava na frente da casa da avó, que é vizinha de um policial, por volta das 19h, quando o cabo Gílson de Souza Teixeira passou de carro e iniciou uma discussão. Ao perceber a confusão, a família saiu para separar a briga.
Ao ver que o PM estava armado, a mulher de Agostinho, Jurema Cristina Bezerra, 39, pegou o celular para registrar o ocorrido. Neste momento, o policial atirou. Ela foi atingida por três tiros no peito.
“Ela queria gravar para levar na Corregedoria da PM. Não era a primeira vez que ele ameaçava alguém da família”, contou o marido de Jurema.
As vítimas foram levadas para o pronto-socorro do Jaçanã, mas Jurema já chegou morta. Gabriela passou por uma cesárea e uma cirurgia para retirada das balas.
Mãe de cinco filhos, Jurema era bacharel em Direito, recém-formada em farmácia e cursava o terceiro ano do curso de odontologia.
O policial fugiu de carro do local, mas se entregou no 73º DP no fim da noite. Ele foi encaminhado para o presídio Romão Gomes, da PM.
Agostinho contou que a briga entre o policial e a família acontece há mais de um ano. O motivo inicial seria uma casa em um conjunto habitacional que a sobrinha de Jurema recebeu, mas que, de acordo com ele, já estava ocupada pela irmã do policial.
No dia em que receberia a casa, Jurema e o filho acompanharam a sobrinha. Houve uma discussão entre as famílias e Jurema foi agredida por Gilson. Na época, Jurema fez o boletim de ocorrência no 73º DP e comunicou o batalhão em que o policial atuava. Segundo Antônio, ameaças ao filho e ao cunhado eram frequentes.
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