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Morreu na manhã desta segunda-feira (6) a menina Ana Clara Santos Sousa, 6, uma das cinco pessoas internadas após os ataques a ônibus em São Luís (MA), no último dia 3.

A suspeita é que os ataques ocorreram como uma reação dos criminosos às operações de apreensão de armas e drogas no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, na capital maranhense, o mesmo onde 62 presos morreram desde o ano passado - três deles decapitados na última rebelião, em dezembro.

Outras quatro pessoas seguem internadas depois de terem o corpo queimado nos ataques. Duas delas são a irmã de Ana Clara, de um ano, e a mãe dela, de 22, que têm quadro estável, segundo o governo.

Ana Clara estava internada no hospital estadual Juvêncio Matos. Ela ficou com 95% do corpo queimado com o ataque ao ônibus.

Além dos quatro ônibus incendiados, duas delegacias foram atacadas e um policial militar aposentado foi morto a tiros entre sexta-feira e sábado. O governo de Roseana Sarney (PMDB) diz que os ataques partiram de dentro do complexo de Pedrinhas.

No último dia 31, a Polícia Militar, que assumiu a segurança em Pedrinhas, fez uma blitz nos presídios do Estado. No total, foram recolhidas 300 armas improvisadas, entre facas, facões e estiletes, além de drogas, bebidas alcoólicas e celulares.

A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão apresentou 11 detidos apontados como suspeitos de envolvimento nas ações criminosas. Dois deles são adolescentes.

Crise no sistema prisional

Um dos supostos mandantes dos ataques foi identificado como Jorge Henrique Amorim Martins, 21, conhecido como Dragão. Ele está preso no complexo de Pedrinhas dezembro de 2012.

O complexo vive uma crise desde o ano passado. A truculência das mortes na prisão, com decapitações, é alvo de críticas de organismos internacionais.

Por isso, o governo federal ofereceu ajuda ao Estado do Maranhão: propôs a transferência dos líderes do complexo para presídios federais. O governo de Roseana ainda não respondeu sobre a oferta.

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