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| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

Morreu na madrugada desta quinta-feira (17), em Curitiba, Venevérito da Cunha, engenheiro responsável por calcular dezenas de prédios históricos da capital paranaense, entre eles o da Biblioteca Pública do estado e da Rodoferroviária. Nascido em Florianópolis, mas radicado em Curitiba desde 1938, Cunha completou 100 anos no dia 29 de agosto.

Venevérito da Cunha fez 100 anos

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O engenheiro estava internado desde o início da semana no Hospital das Nações, onde sofreu duas paradas cardíacas. Ele foi sepultado na manhã desta sexta (18).

Disputado por arquitetos durante toda a sua vida profissional, Venevérito, “Vene”, para os íntimos, evitava falar sobre o peso dos anos, segundo narrou o jornalista José Carlos Fernandes em uma coluna para homenagear o centenário do engenheiro.

Amigos mais próximos dizem que Venevérito não era apenas elegante, mas “lindo como um todo”.

Carreira

Venevérito se formou em Engenharia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Mas, antes, já tinha passado por outras experiências. Seu primeiro ofício foi a alfaiataria e também deu aulas particulares de Matemática para aumentar a renda.

Em Curitiba, precisou batalhar para concluir o curso, contando sempre com a ajuda de estranhos e de bolsas de estudos que o mantinham na academia.

Diplomado em 1942, foi contratado pela Secretaria de Viação e Obras Públicas do estado. Entre 1947 e 1948 presidiu o Instituto de Engenharia do Paraná (IEP).

Em 1950 abriu um escritório de cálculo estrutural próprio, que tornou-se uma referência na cidade. Na sua lista da plantas calculadas estão ainda, segundo IEP, os edifícios-sede da prefeitura de Curitiba, da Ordem Rosa Cruz, da Celepar. Também prestou ajuda para erguer a Casa dos Pobres São João Batista, no Rebouças, que tem capacidade para atender 142 viajantes, mais 100 crianças na creche.

Em Santa Catarina também existem marcas do trabalho de Venevérito da Cunha, como, por exemplo, o estádio do Figueirense, em Florianópolis.

Em nota, o Instituto lamentou a morte do engenheiro. “O Paraná sem dúvida perde um grande profissional, que participou ativamente na construção da história desse estado”.

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