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Helio deve ser lembrado não só como um grande jornalista, mas como homem de muita generosidade. | Assessoria Faep
Helio deve ser lembrado não só como um grande jornalista, mas como homem de muita generosidade.| Foto: Assessoria Faep

O jornalista Helio Teixeira morreu na noite deste domingo (26), em Curitiba, aos 65 anos, em decorrência de uma pneumonia. Deixou dois filhos, dois netos e sua esposa, Iva Teixeira de Oliveira, de 66 anos. Natural de Palmeira e considerado por muitos de sua geração uma instituição do jornalismo paranaense, chefiou as redações de Veja em Curitiba e no Rio de Janeiro, foi editor do Jornal do Brasil em Brasília e assessorou grandes nomes da política, como José Richa e Mário Covas. Atuou também como correspondente da revista Placar e, por oito anos, foi superintendente de comunicação da Itaipu Binacional. Há seis anos trabalhava na Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep).

“Ele foi o melhor repórter do Paraná”, sentencia a jornalista Ruth Bolognese, amiga de Teixeira por mais de 40 anos. “Mesmo em altos cargos, ele nunca deixou de ser aquele repórter apaixonado.” Entre as suas reportagens mais importantes, destaque para a cobertura da Guerra das Malvinas, em 1982, e a matéria exclusiva que anunciou em 1984 que o primeiro bebê de proveta da América Latina havia nascido em São José dos Pinhais.

De acordo com seu filho, o advogado Fernando Teixeira de Oliveira, 40 anos, o pai deve ser lembrado não apenas como um grande jornalista, mas como homem de muita generosidade. Ele tentava resolver os problemas de todo mundo, como brinca Cynthia Calderon, jornalista colega de Teixeira.

Com uma paixão latina que poucos conseguem manter pela profissão ao longo dos anos, o jornalista acordava cedo todos os dias, em uma rotina precisa. Lia a Gazeta do Povo, ouvia algumas rádios e chegava pronto para trabalhar com todas as informações na ponta da língua. Mesmo aposentado, nunca nem pensou em parar de trabalhar. “Ele era uma locomotiva. Não tinha como não acompanhar”, descreve o jornalista Zé Beto, 61 anos, que desde 1977 trabalhou com Teixeira. “No início da carreira, às vezes eu tinha dificuldade com algum texto. Mas era só entregar para o Helio e ele fazia mágica.” Nas horas vagas, adorava acompanhar as partidas do seu time do coração, o Clube Atlético Paranaense. E brincava com os amigos: ainda havia chance de ficarem milionários. A última ideia foi tentar entrar na disputa pela venda de foguetes em Alcântara, no Maranhão. No páreo estavam foguetes ucranianos, russos e americanos. “Claro que estamos com os ucranianos”, disse às gargalhadas à amiga Ruth.

O governador Beto Richa compareceu ao velório de Helio, em Curitiba. Também compareceram o ex-diretor-geral da Itaipu Euclides Scalco e o atual, Jorge Samek. Helio trabalhou com ambos na binacional. Seu corpo foi cremado no Crematório Vaticano.

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