Morreu à 0h35 deste sábado (4) o homem que teve de retirar o rim direito após complicações causadas por uma infecção não identificada em quatro consultas feitas na UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo). Ele havia sido diagnosticado com gases.

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Fernando Garcia, 55, estava internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital das Clínicas da USP Ribeirão. O laudo da morte ainda não foi divulgado para a família.

O corpo está sendo velado na manhã deste sábado no velório Bom Pastor e será enterrado às 16h no cemitério de mesmo nome.

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"O sentimento é de extrema revolta, principalmente porque meu pai não foi o primeiro a morrer depois de passar pela UPA de Ribeirão", disse o filho de Garcia, Fernando Garcia Filho, 24.

Segundo ele, nas quatro idas à UPA, o pai foi medicado para gases, dores e um dos médicos teria cogitado até depressão como diagnóstico.

A vítima retirou o rim direito na última segunda-feira (29) depois que as dores abdominais se agravaram e ele foi encaminhado ao Hospital das Clínicas.Garcia Filho afirmou que foi intimado a depor no 8º DP de Ribeirão na manhã de segunda-feira (6). Ele registrou boletim de ocorrência depois que o pai precisou passar pela cirurgia e disse que a família irá mover uma ação judicial contra a Prefeitura de Ribeirão Preto por negligência médica.

A família de Garcia chegou a ser recebida pela prefeita Dárcy Vera (PSD), que os ouviu e encaminhou o caso à Secretaria da Saúde.

O secretário da Saúde de Ribeirão Preto, Stenio Miranda, abriu sindicância interna na quinta-feira (2) para apurar a suspeita de negligência médica na UPA.

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Segundo ele, a medida vai apurar quais foram os procedimentos feitos com Garcia e quais médicos fizeram os atendimentos.O Conselho Regional de Medicina também encaminhou à sede em São Paulo um pedido de abertura de sindicância.