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Pechmann: perfeccionista | Andréa Paccini
Pechmann: perfeccionista| Foto: Andréa Paccini

O arquiteto Júlio Pechmann, uma das principais referências da arquitetura em Curitiba, morreu na tarde desta segunda-feira. Durante mais de 40 anos de profissão, desenhou duas centenas de casas e obras de grande porte. Considerado um profissional de gosto requintado, Pechmann era tido como perfeccionista.

Entre as obras que assinou está a do Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba. "A UTI tem um plano de vidro enorme", comenta o artista plástico Carlos Eduardo Zimermann, amigo do arquiteto. "Essa ideia de integrar o exterior com o interno, dentro de uma situação de uma unidade de terapia intensiva, é no mínimo inovadora", diz.

O marchand Waldir Simões de Assis, proprietário de uma das casas desenhadas por Pechmann, diz que escolheu o autor do projeto por ter "um olhar muito requintado dentro da arte". "Ele introduziu uma linguagem própria na cidade. Foi um homem que teve uma visão muito pessoal da arquitetura", afirma.

Sua obra, segundo amigos, refletia muito da sua personalidade: perfeccionista e exigente. Segundo a amiga Zilda Fraletti, dona de uma galeria de arte, quem não o conhecesse poderia tomá-lo como uma pessoa intransigente. "O que ele queria era ajudar. Ele achava que sua ideia era a melhor. Na maioria das vezes, realmente era", conta Fraletti.

Formado na Universidade Federal do Paraná (UFPR), Pechmann assinou projetos em todo o Brasil. Na semana passada, aos 67 anos, teve uma parada cardíaca. Faleceu após quatro dias internado. O sepultamento ocorreu ontem, no Cemitério Israelita do bairro Santa Cândida, em Curitiba.

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