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Nelson Freire alcançou “glória inédita” para um pianista brasileiro
Nelson Freire alcançou “glória inédita” para um pianista brasileiro| Foto: Arquivo / Gazeta do Povo

O pianista Nelson Freire, considerado um dos maiores intérpretes de Beethoven e Chopin do mundo, detentor de vários prêmios internacionais, morreu na madrugada desta segunda-feira (1º), em sua casa, no Rio de Janeiro, aos 77 anos.

A causa da morte ainda não foi divulgada. “É um monumento, um monstro sagrado do piano que nos deixa”, lamentou o site europeu de música France Musique. Nascido em 18 de outubro de 1944 em Boa Esperança, Minas Gerais, Nelson Freire começou no piano aos três anos de idade; aos 5, já executava sonatas de Mozart; aos 11, interpretava Chopin com desenvoltura e talento e, aos 13, venceu o Concurso Internacional de Piano do Rio de Janeiro. Viriam ainda inúmeros prêmios e aclamação em palcos de todo o mundo.

A vida e obra do pianista foram tema de um documentário de João Moreira Salles, em 2003, e da biografia “Nelson Freire: a pessoa e o artista”, de Ricardo Fiúza. Em 2019, caiu numa calçada da Barra da Tijuca e fraturou o braço. Iria retornar aos palcos em 2020, mas a pandemia cancelou sua apresentação como principal convidado de um concerto pelos 250 anos de Beethoven, em Minas Gerais.

Para o maestro Osvaldo Colarusso, em artigo nesta Gazeta do Povo em outubro de 2019, quando Freire completou 75 anos, "nunca o Brasil teve alguém ligado à música clássica, fora o compositor Heitor Villa-Lobos, com o renome do pianista Nelson Freire". "Todo concerto de Nelson Freire em Paris, São Petersburgo, Viena, Amsterdam, Helsinque, entre outras cidades, é um grande acontecimento musical. Creio mesmo que o Brasil não faz ideia de qual a importância de Nelson Freire na cena mundial da música clássica", avaliou, então, o maestro Colarusso.

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