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O delegado-geral da Polícia Civil do Paraná, Marcus Vi­­nicius Michelotto, disse ontem que a morte do vice-presidente do PSB do Paraná, Irani Pereira, 44 anos, foi planejada. Irani, que era irmão do deputado estadual Reni Pereira (PDB), foi encontrado morto na noite de terça-feira no distrito de Penha, em Corbélia, no Oeste do estado. A polícia diz que se tratou de um latrocínio – roubo seguido de morte. Dois homens e três mulheres foram presos acusados de envolvimento no crime.

Segundo a polícia, o crime foi planejado por Eliani Aparecida Vicentini, que mora em Nova Aurora, no Oeste do estado. Ela teria um relacionamento amoroso com Irani e ao mesmo tempo com José Candido de Oliveira, conhecido como William, um dos suspeitos de assassinar o empresário.

A manicure Fabiana Porfírio da Silva, 19 anos, teria sido usada como isca para atrair a vítima até a casa de Eliani. Ao chegar ao local, de acordo com a polícia, o grupo foi abordado por José Candido e José Julio Filho, o Zezinho, que anunciou o assalto. Irani foi amordaçado, amarrado, colocado em sua caminhonete Hilux e levado até o distrito de Penha, onde foi morto e deixado em meio a uma plantação de soja.

A polícia informou que na casa estava ainda a cabeleireira Adriana Fernandes de Araújo, 39 anos. Ela e Eliani teriam retirado a carteira da vítima com um cheque no valor de R$ 11.670. O cheque foi depositado na conta de Adriana em uma agência do Banco do Brasil em Nova Aurora. A partir do depósito, a polícia iniciou as investigações e chegou aos suspeitos.

A caminhonete de Irani foi vendida no Paraguai por R$ 9 mil, segundo a polícia, e o di­­nheiro depositado em uma conta da filha de Eliani. O valor foi recuperado pela polícia e depositado em uma conta judicial.

José Julio Filho e José Candido, acusados de executarem a vítima, foram presos em Iguatemi (MS) após a polícia rastrear uma ligação telefônica feita para um dos celulares apreendidos durante as investigações. Segundo a polícia, eles confessaram o crime. As investigações envolveram uma equipe de elite da Polícia Civil e o serviço reservado da Polícia Militar.

Primo morto

Na manhã de ontem, um novo crime envolveu a família do deputado Reni Pereira. Ronaldo de Castro Pereira, primo do deputado, foi morto após se envolver em um acidente de trânsito na cidade de Vera Cruz do Oeste. No início da tarde, a polícia prendeu Valmir José Martins, 40 anos, que teria confessado o crime. A polícia diz que não há ligação entre os crimes. "É uma triste coincidência", disse Michelotto.

Ronaldo dirigia um caminhão carregado de frangos quando o carro de Martins, que estava bêbado, bateu na traseira. Os dois discutiram e Martins desferiu 20 facadas contra o caminhoneiro. A polícia recolheu documentos e um cartão bancário que estavam no carro, abandonado pelo suspeito após o crime. Martins foi preso em um bar com sinais de embriaguez e levado para a cadeia pública de Matelândia. Para a delegada, ele contou que foi agredido pelo caminhoneiro e reagiu usando a faca.

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