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Um mês depois do desaparecimento e morte de Bruce Sthanley Gonçalves, de 11 anos, em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, o caso ainda segue sem solução, segundo a delegacia local. O menino saiu para jogar futebol na manhã do dia 9 de julho e não foi mais visto. No dia 13, os ossos foram encontrados em um terreno baldio do município.

A principal linha de investigação da Delegacia de Araucária aponta para um crime de execução. "Pela característica do crime, acreditamos que foi uma execução, que talvez o menino soubesse de algo, ou que foi uma forma de vingança ou acerto de contas", disse o investigador Stradioto. O motivo de uma possível vingança ou acerto de contas não foi levantado até o momento. Por enquanto, estão descartadas as possibilidades de crime sexual, sequestro que saiu do controle e, ainda, que o menino tenha sido confundido com outra pessoa.

Uma das dificuldades para solucionar o caso é não saber a data exata da morte, de acordo com o investigador. "Como os ossos foram encontrados dias depois do desaparecimento, não sabemos dizer se o menino ficou em poder do assassino todo esse tempo ou se ele foi morto no mesmo dia", disse Stradioto.

A causa da morte foi um único disparo de arma de fogo, possivelmente um revólver calibre 38, na cabeça, conforme relatório do Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba, concluído no dia 25 de julho. A identificação dos ossos foi feita a partir de análise da arcada dentária. O laudo foi encaminhado para a polícia criminalística, para determinar se houve outra forma de violência. A reportagem entrou em contato com a criminalística, mas ninguém foi encontrado para comentar sobre o andamento da análise.

O crime

Bruce saiu da casa dos pais na manhã do dia 9 e não foi mais visto. O Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride) começou as buscas para localizar a criança e encontrou uma bermuda e uma camiseta do garoto na noite do dia 12. Também foi encontrado um lençol com manchas que podem ser de sangue.

Os ossos foram encontrados no dia 13 de julho, espalhados em vários pontos do terreno baldio. Não havia indícios de carne nos ossos, que apresentavam sinais compatíveis a roeduras. Investigadores acreditam que o corpo pode ter sido atacado por animais. O caso só passou a ser tratado como homicídio depois da confirmação de que os ossos encontrados eram do menino.

Testemunha assassinada

A polícia também investiga a morte de Pedro Henrique Souza, 29 anos, assassinado com 16 tiros na frente da casa dele, em Araucária, na madrugada do dia 14 de julho. Souza foi a última pessoa a ver Bruce com vida, segundo a polícia. Três homens encapuzados e armados invadiram a residência dele e o levaram para fora para cometer o crime.

O investigador da Delegacia de Araucária disse que Souza não tinha passagem pela polícia e conhecia o menino e alguns amigos da criança. "É uma investigação que segue paralelamente à do homicídio do Bruce, já temos um suspeito e estamos verificando", disse Stradioto.

Em um primeiro momento, Souza foi considerado suspeito pelo crime, mas, por falta de evidências, foi caracterizado apenas como uma testemunha importante. Segundo o investigador, o assassinato de Souza atrapalhou a apuração sobre o crime contra Bruce. "Dificultou muito a investigação, porque ele era uma peça importantíssima no caso".

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