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Pelo menos 40 motoboys pararam o cruzamento das avenidas Marechal Deodoro da Fonseca e Marechal Floriano Peixoto na manhã desta segunda-feira (9). Eles protestam contra a resolução 219 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que determina novas normas para o transporte de cargas e propõe a regulamentação da categoria. A manifestação, que começou por volta de 11h30 e durou aproximadamente uma hora, causou aglomeração de pedestres e prejudicou o tráfego de veículos. É a segunda paralisação da categoria, a primeira foi na sexta-feira passada (6), no mesmo local e horário.

Segundo a resolução, publicada no Diário Oficial em março deste ano, as motocicletas deverão ter placas de identificação vermelha e a carga deve estar em um dispositivo fechado (baú) aprovado pelo Denatran (Departamento Nacional de Trânsito). Além disso, os motociclistas deverão usar capacetes fechados, com viseiras transparentes e faixas retrofletivas.

O Sintramotos (Sindicato dos Trabalhadores Condutores de Veículos Motonetas, Motocicletas e Similares de Curitiba e Região Metropolitana) apoia a resolução do Contran. Segundo Tito Mori, presidente do Sintramotos, a regulamentação da categoria é fundamental. "Esse projeto vem ao encontro da organização do trânsito da cidade e por isso tem nosso apoio. Ou organizamos agora ou será muito mais difícil depois", comenta. Segundo Mori, o sindicato recebe diariamente cerca de 30 ligações de pedestres ou motoristas reclamando de motoboys. Curitiba tem hoje aproximadamente 20 mil motociclistas.

Para Silvana Haas, motociclista e dona de uma empresa de transporte de cargas, a determinação prejudica o profissional. "Eles vão ter de pagar R$ 600,00 em taxas e não sabem por onde começar. Precisamos de esclarecimentos", pontua. "Se existe a lei, tem de ser cumprida, mas a forma como está sendo feito é que não concordamos. Não informaram onde o motociclista deve ir, o que deve fazer."

Dos 30 funcionários da empresa de Silvana, dez participaram do movimento. Eles ainda não tinham sido comunicados que a medida não vai mais entrar em vigor no dia 1º de agosto. Por demora no processo de cadastro dos profissionais, o Denatran resolveu adiar para 1.º de janeiro. Mesmo com o adiamento, na quarta-feira (11), os motoboys planejam repetir a paralisação, a partir do meio dia, no mesmo local, e esperam a adesão de mais profissionais.

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