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A criação de mil novas vagas para motocicletas, anunciada há cerca de um mês pela Prefeitura de Curitiba, começa a sair do papel. Na tarde de ontem, a Diretoria de Trânsito de Curitiba (Diretran) bateu o martelo em relação a quinze locais, numa reunião que contou com a presença de representantes de motoboys e do vereador Felipe Braga Côrtes. De acordo com o diretor de Trânsito da Diretran, Gilberto Foltran, a expectativa é que até o fim do ano as vagas estejam implantadas.

Outros 74 pontos estão sendo estudados pela prefeitura, que pretende acrescentar, no total, mil novas vagas às 2,2 mil atuais. Dos locais já definidos, quatro haviam sido requeridos por representantes de motoboys, considerados pontos essenciais. Eles não foram atendidos em outros cinco lugares. "A reunião foi boa, atenderam muitas das nossas reivindicações", afirma um dos representantes da categoria, Carlos Alberto Nemitz, 38 anos. Onze locais foram definidos pela Prefeitura, a fim de atender interesses de motoboys e de motoclistas em geral. Nesses lugares, as vagas de EstaR serão revertidas em estacionamento para motos.

"Serão priorizados os locais onde já se constatou que não existe necessidade de garantir o rodízio das vagas para automóveis, que é a principal finalidade do EstaR", afirma Foltran. A prefeitura considera que as motocicletas têm rotatividade natural. As vagas de pontos reservados ao EstaR que estão na lista são considerados locais que possuem circulação intensa de motoqueiros. Diferentemente dos automóveis, não há cobrança de taxa de estacionamento para motos.

Processo

Segundo a prefeitura, a criação de novas vagas vinha sendo estudada há quase dois meses. As negociações com os motoboys começaram há cerca de um mês, quando a categoria protestou na Praça Carlos Gomes contra a redução de vagas nas esquinas das ruas Marechal Floriano e José Loureiro. As vagas foram reduzidas por causa da abertura de uma loja. A partir de agora, das 9 às 19h o estacionamento será utilizado por motoqueiros. No restante do tempo, será utilizado pela loja, para carga e descarga.

Segundo a prefeitura, o objetivo é ampliar a oferta de vagas para motos e reduzir o número de automóveis no Centro. Dados do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran) apontam um crescimento de 72% na frota de motos de Curitiba nos últimos cinco anos – de 40.123, em 2001, para 69.306 em março deste ano. Segundo o Sindicato de Trabalhadores Condutores de Motos e Similares de Curitiba, a maior parte das motocicletas é utilizada no trabalho, e há cerca de 25 mil motoboys em Curitiba e região metropolitana.

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