Motorista de ônibus atropela e mata colega após briga de trânsito

• 0

Uma briga de trânsito entre dois motoristas de ônibus terminou com a morte de um deles na manhã desta terça-feira (18) no Rio de Janeiro. O motorista foi atropelado e arrastado por cerca de 500 metros pelo colega de profissão.

De acordo com testemunhas, o motorista de um ônibus da Viação Paranapuan Jaílton Santos Silva, 31 anos, teria ultrapassado o veículo guiado por Francisco Edvaldo da Silva, 42 anos, da viação Bangu, e parado à sua frente, para pegar passageiros.

O motorista da Viação Bangu teve, então, que frear bruscamente, o que fez com que um automóvel batesse na traseira do ônibus.Ao descer para conversar com o motorista do outro ônibus, Francisco Silva foi atropelado e arrastado por cerca de 500 metros da avenida Brasil pelo veículo guiado por Jaílton Silva. Seu corpo foi encontrado em um posto de gasolina.

Flagrante

O motorista da Viação Paranapuan foi preso em flagrante e foi indiciado por homicídio doloso. Se condenado, a pena pode ser de 12 a 30 anos de prisão.

Em seu depoimento na Divisão de Homicídios, o motorista disse não ter visto Francisco Silva se aproximar do ônibus.

Mas de acordo com o delegado André Leiras, testemunhas ouvidas afirmam que o motorista viu o colega.

"Uma das passageiras do ônibus de Francisco ligou para o disque-denúncia e relatou que a vítima estava na via com os braços erguidos", disse.

O trocador Elmo Ferreira de Sousa, que estava no coletivo guiado por Francisco Edvaldo da Silva no momento do acidente, relatou que o motorista foi arrastado com o corpo preso na grade do ônibus da Paranapuan. "Não tinha como não vê-lo", disse.

Em nota, o Rio Ônibus, sindicato das empresas de ônibus do Rio, informou que o consórcio Internorte, responsável pelas linhas de ônibus da região, vai fornecer as imagens do circuito interno dos ônibus e prestar as informações que sejam necessárias para ajudar na investigação. A Viação Bangu está prestando assistência à família do rodoviário, que trabalhava na empresa desde 2009.

Ainda de acordo com a nota, o consórcio Internorte "também condena a atitude do outro motorista envolvido, que está em desacordo com o comportamento esperado de um profissional do setor e com o treinamento que recebeu na empresa onde trabalhava".