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São 230 assaltos em ônibus da capital e na região metropolitana por mês, segundo sindicato das empresas

Motoristas e cobradores dos ônibus do transporte coletivo nas cidades da região metropolitana de Curitiba enfrentam o medo para trabalhar. De acordo com o telejornal ParanáTV 1ª edição, em algumas linhas os assaltos se tornaram corriqueiros. Somente um motorista de Almirante Tamandaré já foi assaltado 20 vezes em seis meses de trabalho. Os passageiros também são vítimas dos bandidos.

Segundo o sindicato das empresas de transporte coletivo, em média, são registrados 230 assaltos a ônibus por mês na capital e na região metropolitana. Em Almirante Tamandaré são três empresas que prestam o serviço e em apenas uma delas foi assaltada 528 vezes em 2008. A média ficou em 44 roubos por mês, mais de um por dia.

As rotas que percorrem distâncias mais longas são as mais visadas pelos bandidos. Um motorista da linha Jardim Gramado, que preferiu não ser identificado, contou que os assaltos são quase uma rotina. "É bastante movimentação de gente e de dinheiro. Eles quando vem assaltar, não pensam duas vezes. Dão 'geral' na gente e só falta virar o ônibus de ponta cabeça", contou.

Já o motorista Aparecido Araújo não conseguiu suportar a pressão e está aposentado. Ele conta que ficou depressivo e passou por tratamento durante dois anos e sete meses. Sem resultados, ele foi aposentado. Mesmo fora do serviço, Araújo não consegue ficar tranquilo. "Tenho preocupação com a família que está dentro dos ônibus enfrentando os bandidos que não respeitam nada."

O comandante do 17º Batalhão da Polícia Militar, Coronel Milton Isac Fadel, disse que é feito um trabalho de combate a este tipo de crime por uma equipe do serviço velado da PM. Segundo o coronel o número de assaltos tem diminuído nos últimos anos. "Em 2006 foram registrados 5,5 mil furtos em ônibus. Já em 2008, este número caiu para 3,2 mil", afirmou.

O trabalho da polícia é dificultado, segundo o coronel, porque nas vítimas não fazem o registro dos crimes. Segundo Fadel, haverá um reforço nas rondas ostensivas nas linhas onde há informação de maior número de assaltos.

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