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Ponta Grossa – Porcentuais sobre venda de cartões de estacionamento e notificações são estímulos extras para agentes de trânsito em duas grandes cidades do Paraná. Em Ponta Grossa, as orientadoras ganham, além do salário de R$ 580, 4% sobre o montante vendido e 2% sobre os valores de notificações. Em Londrina, quando alcançam R$ 900 nas vendas de cartões, os agentes recebem adicionais que variam entre 5% e 10% do valor da venda, além do salário fixo, de cerca de R$ 500.

Estacionar o carro sem cartão ou extrapolar o prazo máximo de permanência na mesma vaga são infrações sujeitas a notificação nas cidades onde o estacionamento público é regulamentado. Em média, as notificações custam em torno de R$ 8. Se não for regulamentada em dez dias, a infração é transformada em multa de trânsito, no valor de R$ 53,20, com três pontos na carteira de motorista.

É na regulamentação que as agentes têm oportunidade para vender mais cartões de estacionamento. Segundo a coordenadora operacional do sistema em Ponta Grossa, Inês das Graças Antunes, os funcionários ganham, em média, R$ 150 em comissões por mês. O sistema aplica de 600 a 800 notificações por mês. Inês apóia o pagamento das comissões. "É como em qualquer outro trabalho", argumenta.

Os usuários discordam. A comerciante Isabel Rudinik reclama do pagamento por produtividade. "Já fui notificada dez vezes." A dona de casa Celina Kuhn Gorte já recebeu cinco notificações. "É sempre um descuido, cinco minutos e já ganha o cartão marrom", conta. Também há queixas sobre a dificuldade de localizar um dos 41 funcionários que fiscalizam o estacionamento, e portanto, regularizar o uso do espaço antes de receber a notificação.

Em Londrina, o pagamento da produtividade segue critérios diferentes. A comissão é paga somente sobre a venda, que é feita por uma equipe diferente da que faz a fiscalização do estacionamento. São 200 funcionários que participam da Escola Profissional e Social do Menor de Londrina e têm vínculo com o projeto de primeiro emprego. As notificações são de responsabilidade da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU).

Em Curitiba, o sistema de estacionamento rotativo é chamado de EstaR. São 125 funcionários que recebem salário fixo e não ganham por produtividade. Onde não há pagamento de bonificação sobre venda e notificações, o método é discutido. Em algumas cidades, há a preocupação que o sistema desvie do objetivo da regulamentação do estacionamento. "A intenção não é notificar e sim otimizar o uso das vagas", diz a responsável pelo setor em Cascavel, Rosana da Cunha Ribeiro.

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