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Manifestação

Por mais fiscalização, taxistas bloqueiam Linha Amarela

No início da tarde de ontem, taxistas interromperam o tráfego da pista sentido zona oeste da Linha Amarela, no local do acidente, em protesto contra a falta de fiscalização na via, após o enterro de uma das vítimas, também taxista. Moradores da favela Águia de Ouro, em Inhaúma, precisaram caminhar 500 metros sob o sol até a passarela mais próxima para atravessar a Linha Amarela – a maioria das escolas, supermercados e farmácias fica do outro lado da via. Alguns motoboys cobraram R$ 2 para facilitar a travessia. Ainda pela manhã, dezenas de caminhões foram flagrados trafegavam na via durante o horário proibido a esse tipo de veículo, de 6 às 10 horas.

O motorista do caminhão que trafegava com a caçamba levantada e derrubou uma passarela na terça-feira, na Linha Amarela, no Rio de Janeiro, admitiu que usava o telefone celular no momento da colisão. A informação foi dada pelo delegado responsável pela investigação, Fábio Asty, da 44.ª Delegacia de Polícia (DP) do Rio. A quinta vítima do acidente morreu ontem pela manhã: Luiz Carlos Guimarães, de 70 anos, passageiro de um Palio atingido pela passarela, teve traumatismo craniano e fratura na coluna. Outras três vítimas do acidente continuam internadas.

De acordo com Asty, o motorista Luiz Fernando da Costa, de 33 anos, que continua internado e foi ouvido formalmente no hospital, disse que conversava com um amigo cujo filho estaria desaparecido durante todo o percurso feito pelo caminhão na via expressa, de cerca de 3 quilômetros.

"Ele admitiu que usava o celular desde o momento em que entrou na Linha Amarela e só interrompeu a conversa após a colisão. Isso pode comprovar o crime culposo (sem intenção) porque ele teria sido negligente ao não ver a caçamba içada", disse o delegado. Ainda de acordo com Asty, o motorista atribuiu o içamento involuntário, que nega ter visto, a um defeito mecânico.

De acordo com o delegado, Costa relatou que o caminhão havia sido reparado por um mecânico no fim de semana e entregue na segunda-feira, um dia antes do acidente, após apresentar um defeito na caixa de marchas, que é acoplada ao sistema hidráulico responsável pelo içamento da caçamba. Até o fim de semana, o mecânico e o gerente operacional da empresa Arco da Aliança devem ser ouvidos.

O delegado disse que considera improvável que o motorista tenha acionado a caçamba por vontade própria, já que teria de fazer três movimentos para isso, entre eles pisar na embreagem.

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