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Dois dias de restrição ao uso da zona de estacionamento na Rua Coronel Dulcídio, em Curitiba, não foram suficientes para conscientizar os motoristas que costumam parar no local. No fim da tarde de ontem, havia vários carros estacionados dos dois lados da rua. A proibição de parada entre as 17 e 20 horas, que começou a valer na segunda-feira, é uma das medidas da Urbs (empresa que gerencia o sistema de transporte na cidade) para tentar melhorar o tráfego nas regiões mais problemáticas nos horários de pico. Até a próxima segunda-feira, outras três ruas terão a área de estacionamento limitada neste horário.

A reportagem esteve ontem, entre as 17 e as 18 horas, nas oito quadras em que o estacionamento foi limitado na Coronel Dulcídio (da Silva Jardim à Rua Carlos de Carvalho). Em duas delas – entre a Silva Jardim e a Avenida Sete Setembro, e entre a Sete de Setembro e a Avenida Visconde de Guarapuava, no bairro Batel –, havia pelo menos 20 veículos estacionados, dos dois lados da rua. Entre a Visconde de Guarapuava e a Comendador Araújo, o volume de veículos era menor. A partir da Rua Dom Pedro II até a Rua Carlos de Carvalho, praticamente não havia carros estacionados.

As oito quadras foram sinalizadas com placas que informam a vigência das novas regras. Agentes da Diretoria de Trânsito de Curitiba (Diretran) fiscalizavam os estacionamentos, mas por enquanto os motoristas não estão sendo multados. Os agentes estão apenas orientando os motoristas. Nos carros vazios é colocado um aviso, informando que estacionar nestes locais é proibido entre as 17 e as 20 horas e orientando o motorista a procurar o agente de trânsito. A Urbs não promoveu nenhuma mudança na pista. As pinturas do chão ainda indicam que os locais são destinados a estacionamentos.

A mudança não agradou à proprietária de um salão de cabeleireiros na esquina da Coronel Dulcídio com a Silva Jardim. "Esse é o nosso horário de pico. A prefeitura está olhando só para o trânsito e esquecendo do comércio. Os estacionamentos particulares cobram R$ 3 por hora. Nossos cliente ficam três ou quatro horas. Imagine gastar R$ 12 para deixar o carro estacionado", criticou a empresária Liz Bello.

Pego no "flagrante", o montador de móveis Denilson dos Santos, 29 anos, disse que a partir de agora seu trabalho vai ficar mais difícil. "Vou trabalhar nessa região durante alguns meses, mas o prédio não deixa estacionar o carro na garagem. Só temos esse local para descarregar", afirmou.

A partir de hoje, a restrição ao estacionamentos começará a valer na Rua Desembargador Motta, entre a Silva Jardim e a Rua Padre Anchieta. Na sexta-feira, será a vez da Rua Brigadeiro Franco, entre a Getúlio Vargas e a Carlos de Carvalho. Na segunda-feira, a regra começa a valer na Rua Ângelo Sampaio, entre a Avenida Batel e a Avenida Água Verde. Em todos os locais, os agentes orientarão os motoristas durante uma semana. Depois deste prazo, serão aplicadas multas (na Coronel Dulcídio, as multas serão aplicadas a partir da próxima segunda-feira). A multa por estacionamento irregular é de R$ 85,13 e o motorista perde quatro pontos na Carteira de Habilitação.

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