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Com o acesso à Praça Rui Barbosa fechado, passageiros formaram longas filas para esperar o fim da greve | Luis Henrique Sciamanna/Gazeta do Povo
Com o acesso à Praça Rui Barbosa fechado, passageiros formaram longas filas para esperar o fim da greve| Foto: Luis Henrique Sciamanna/Gazeta do Povo

Após suspenderem por duas horas a circulação dos ônibus que fazem parada nas praças Rui Barbosa (foto) e Tiradentes, motoristas e cobradores de ônibus de Curitiba e região deflagraram ontem um indicativo de greve para o início de janeiro. O protesto ocorreu em razão de atrasos no depósito do adiantamento salarial programado para o último dia 20.

De acordo com o Sindimoc, sindicato dos trabalhadores, sete das 32 empresas de ônibus não pagaram os 40% de adiantamento salarial e estão descumprindo uma decisão judicial da última quarta-feira. A liminar as obriga a quitar os débitos com todos os trabalhadores em até 48 horas. Para o sindicato, mais de 30% dos 12 mil motoristas e cobradores não receberam integralmente seus "vales" de dezembro.

O Setransp, sindicato das empresas, disse que está recorrendo da liminar por entender que a convenção coletiva estabelece adiantamento de até 40% dos salários todo dia 20 e não necessaria-mente os 40%.

Por causa desses atrasos, o Sindimoc decidiu paralisar por duas horas a circulação dos ônibus da Praça Rui Barbosa – onde mais de 100 mil pessoas embarcam e desembarcam diariamente nas 60 linhas que param no local. Segundo a prefeitura de Curitiba, o protesto também afetou a operação das 21 linhas da Praça Tiradentes.

"Se as empresas não pagarem integralmente os salários no quinto dia útil de janeiro, os motoristas e cobradores vão parar no dia seguinte", garantiu o presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira, que também prometeu mobilizar os trabalhadores para a data-base da categoria, que ocorre sempre em fevereiro. Desde 2011, a categoria vem obtendo reajustes acima de 10% – sempre acima da inflação. No ano passado, o acordo só foi feito depois de um período de greve.

De acordo com o Setransp nem todas as empresas conseguiram depositar os vales integralmente em razão de dívidas da Urbs com o setor que ultrapassam os R$ 10 milhões. O órgão público, por sua vez, admitiu que ontem devia R$ 12,7 milhões às empresas, mas disse que esse montante está acumulado devido a atrasos no repasse do subsídio estadual. Esse recursos cobrem a defasagem da tarifa paga pelo usuário metropolitano. De acordo com a Urbs, a Comec deve R$ 10,7 milhões de parte dos subsídios deste e do último mês. O órgão estadual não foi localizado ontem para comentar o assunto.

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