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Motoristas e cobradores de ônibus do transporte municipal de Araucária, Região Metropolitana de Curitiba, iniciaram uma greve por tempo indeterminado, na madrugada desta terça-feira (9). A paralisação atinge todas as 75 linhas da empresa Viação Tindiquera, que opera o transporte urbano da cidade. O transporte intermunicipal, incluindo a Rede Integrada de Transporte (RIT) - que engloba Curitiba -, não foi afetado.

A paralisação ocorre por causa da falta de pagamento do salário do mês de novembro aos funcionários da empresa de ônibus. Até as 8 horas desta terça-feira, segundo o presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), Anderson Teixeira, não havia negociação prevista. "Estamos aqui aguardando até que o pagamento seja feito para retornar ao trabalho", diz.

O Sindimoc informou que uma assembleia com os funcionários da empresa Tindiquera foi realizada na sexta-feira (5). Na ocasião, por unanimidade, os trabalhadores optaram por uma greve por tempo indeterminado, caso não fosse realizado o pagamento do mês de novembro até o meio-dia de segunda-feira (8). O dinheiro deveria ter sido depositado no dia 28 de novembro, o que não ainda não ocorreu.

O presidente da Companhia Municipal de Transporte Coletivo de Araucária (CMTC), Sandro José Martins, por sua vez, admite que há cerca de 20 dias em atraso do repasse mensal à empresa, que costuma ser de cerca de R$ 3 milhões. O dirigente alega que as condições financeiras da prefeitura não estão boas e por isso ocorreu o atraso. Ele, no entanto, diz que a situação será regularizada até o fim da semana.

Negociações

De acordo com a assessoria de imprensa do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano e Metropolitano de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp), a empresa Tindiquera está em negociação com bancos para realizar um empréstimo e o posterior pagamento dos funcionários. As negociações ainda seguiam na manhã desta terça-feira, sem definição.

O presidente da CMTC disse que, até a sexta-feira (12), a prefeitura deve pagar à empresa o valor devido, o qual gerou o atraso nos pagamentos e a consequente greve da categoria. Segundo ele, "é necessário haver um equilíbrio de caixa na prefeitura para que ocorra o pagamento".

Impasse

Martins disse que recebeu uma comissão de funcionários da Tindiquera na prefeitura, nesta segunda-feira (8). O presidente da CMTC chegou a alegar que não haveria greve nesta terça, porque nessa conversa teria ocorrido um acordo. Mas a reunião não envolveu membros do Sindimoc, foi ouvida apenas uma comissão de funcionários. Por isso, o sindicato não reconheceu a negociação e manteve a greve nesta terça.

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