Funcionários do transporte coletivo de Curitiba podem receber um adiantamento quinzenal menor do que o normal neste mês, em decorrência dos atrasos nos repasses por parte da Urbs. Segundo o sindicato das empresas de ônibus da capital (Setransp), pela convenção coletiva, os trabalhadores devem receber até 40% do salário nos primeiros 20 dias de cada mês. Em novembro, em decorrência das dificuldades financeiras pelos atrasos municipais no pagamento do serviço, algumas empresas tiveram que repassar um valor menor aos motoristas e cobradores.
De acordo com o Setransp, as empresas estão buscando recursos junto a entidades financeiras, para honrar com os 40% de adiantamento. "Aquelas que conseguirem vão pagar o valor cheio; aquelas que não conseguirem vão pagar o que for possível algumas pontualmente se encontram nessa segunda situação", informou o sindicato, por meio de nota.
Como os pagamentos podem ser feitos até o dia 20, na tarde desta quinta-feira (20) o Setransp ainda não tinha um balanço de quantas empresas não teriam repassado o valor de costume aos trabalhadores. Segundo o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindomoc), até as 18 horas, havia relatos de trabalhadores de que duas empresas não teriam depositado o vale e outra teria depositado apenas metade do valor de costume.
O sindicato da categoria informou que vai esperar até meia noite de quinta-feira. Caso os pagamentos não sejam realizados, ocorrerão assembleias pontuais em frente às empresas, na manhã da sexta-feira (21), para decidir que medidas tomar. Pelos cálculos do Sindimoc, pelo menos 2,5 mil funcionários não haviam recebido o vale.
AtrasosA dívida da prefeitura com as 23 empresas que compõem o consórcio do transporte coletivo está em cerca de R$ 9,6 milhões. Empresários chegaram afirmar nesta semana que, na ausência de recursos para pagar o décimo terceiro salário, pode haver paralisação do sistema.
Na sexta-feira passada (14), o Setransp obteve liminar na Justiça, determinando que a Urbs quite os repasses atrasados em um prazo de cinco dias, sob pena de multa diária de R$ 10 mil. A Urbs, que admite atrasos no pagamento, recorreu da decisão junto ao Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná, nesta quinta-feira.
O argumento é que o órgão gestor do sistema tem trabalhado para sanar o problema dos atrasos, inclusive, cobrando os repasses atrasados do governo do estado. Por meio de assessoria, a Urbs informou que espera que a posição do TJ saia até segunda-feira (24), quando vence o prazo estipulado pela Justiça para realizar os pagamentos.
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