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Em Londrina, o congestionamento em serviços de urgência e emergência chegou ao Ministério Público (MP). O promotor de Proteção dos Direitos Constitucionais, Paulo Tavares, acredita que a adoção de pronto-socorro referenciado – no qual casos mais graves vão a hospitais de alta complexidade – será um auxílio.

A medida visa a que os hospitais de alta complexidade não atendam mais a procura espontânea, apenas pelo encaminhamento de unidades de menor complexidade. "No modelo que está hoje, não há possibilidade dos prontos-socorros de Londrina sobreviverem", diz Tavares. A Santa Casa passou a adotar o modelo. No entanto, o promotor lembra que é preciso melhorar a estrutura de hospitais de média complexidade.

Os sete principais prontos-socorros de Londrina – HU, Evangélico, Santa Casa, hospitais da Zona Sul e Zona Norte, Pediátrico e Mater Dei – fazem 32 mil atendimentos/mês.

Nos municípios pequenos, faltam profissionais e a demanda também é grande. Mês passado, em Santo Antônio da Platina, Norte Pioneiro, o único pronto-socorro da cidade ficou 15 dias sem atendimento por falta de médicos plantonistas. Para minimizar o problema, especialistas de várias áreas atenderam a população voluntariamente. O departamento de saúde do município alega que os médicos não se interessam pelos salários. Os médicos reclamam que o local não oferece condições.

Os dois prontos-socorros de Campo Mourão, no Centro-Oeste, culpam a grande demanda pela baixa qualidade no atendimento. A Unidade de Saúde 24 horas, gerenciada pelo município, e que presta atendimento de casos de gravidade média, atende cerca de 20 casos de emergência por dia. "Em casos mais graves, os pacientes são encaminhados para o pronto-socorro da Central Hospitalar", diz a chefe da unidade, Andréia Rampinelli. Segundo ela, como a procura é grande e nem todos os casos são graves, os médicos de emergência são obrigados a atender pacientes eletivos.

Em Umuarama, onde não há pronto-socorro, a Secretaria Municipal de Saúde passou a exigir, desde da metade de 2006, o encaminhamento dos pacientes pelos postos de saúde dos bairros durante o dia. A medida gera desconforto porque alguns pacientes chegam e precisam buscar o documento no bairro onde moram. Mas, segundo a secretária Maristela Azevedo, a maioria se adaptou e parte dos casos passou a ser resolvida nos postos.

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