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O Ministério Público do Paraná (MP-PR) formulou ontem a denúncia criminal contra Karla Cassiane Ponfrecki, 19 anos, por acreditar que ela teria tido a intenção de matar a filha de apenas 40 dias em maio deste ano, em Colombo, na região metropolitana de Curitiba. Baseada no inquérito policial conduzido pelo Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride), a ação penal da promotora substituta de Colombo, Ana Carolina Pinto, pede que Karla seja levada a júri popular.

A morte de Nicole chocou todo o Paraná. O caso veio à tona nos últimos dias de maio. Dois dias depois de Karla procurar a polícia e contar que a filha havia sido roubada de seus braços, o corpo do bebê foi encontrado em uma valeta próxima de onde moravam, no bairro Jardim Cristina 2. Acuada, a mãe voltou atrás e confessou que sabia que Nicole estava morta. Ela mudou a versão: disse que a menina caiu acidentalmente no chão de casa.

Entretanto, segundo a assessoria do MP-PR, a denúncia contra Karla relata que Nicole não teria recebido qualquer tipo de socorro depois de ter sofrido diversas lesões. A promotora Ana Carolina considera que Karla "tinha o dever legal de proteção e vigilância" sobre o bebê e ainda lembra que a mãe teria tentado esconder o corpo de Nicole e ido até a polícia para relatar o falso seqüestro com a intenção de se livrar da acusação de assassinato.

O MP-PR pede que Karla seja condenada por homicídio doloso qualificado, já que a criança não tinha condições para se defender. E vai além: pede a condenação por ocultação de cadáver e comunicação falsa de crime. Para que a moça vá a julgamento, a denúncia ainda deve ser aceita pela Justiça. Caso seja condenada por esses crimes, Karla pode pegar de 13 anos e um mês a 33 anos e seis meses de prisão. A advogada de Karla, Débora Maria César de Albuquerque, deve se pronunciar hoje ou nos próximos dias sobre a defesa da cliente.

A acusada está detida na Penitenciária Feminina de Piraquara, na RMC, desde o início de junho. Na última semana, a promotoria reforçou o pedido de prisão preventiva contra Karla ao Juízo da Vara Criminal de Colombo.

Depois de 55 dias sem Nicole, a tia-avó Ruth Guedes mostra que a família do pai do bebê permanece ao lado de Karla. "A gente quer acreditar que foi um acidente. Queremos acreditar que o que ela está dizendo é verdade", afirma. Ruth conta que as últimas semanas têm sido muito difíceis para Alex Thiago Ribeiro Guedes, 20 anos. "Às vezes pegamos ele chorando. É uma coisa que não sai da nossa cabeça e que não tem volta. A gente queria que a menina estivesse crescendo aqui. Daríamos qualquer coisa para isso", lamenta.

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