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O promotor de Justiça Thadeu de Goes Lima apresentou denúncia, na última quarta-feira, contra o maquiador Diego Quirino por quatro homicídios qualificados e uma tentativa de homicídio por motivo torpe. O promotor defendeu na denúncia que os assassinatos das três vizinhas praticantes do Candomblé, no dia 3 de agosto, em Londrina, ocorreram por intolerância religiosa. Quirino também foi acusado de matar a própria mãe e de ter tentado tirar a vida da companheira. A denúncia foi encaminhada para 2.ª Vara Criminal.

Na avaliação de Lima, os assassinatos podem ter motivo religioso. "Diego vinha demonstrando um comportamento diferente, impelido por fanatismo religioso e intolerância a outras crenças", destacou o promotor. O Ministério Público pediu que exames de sanidade mental sejam feitos em Quirino – os testes serão feitos por psicólogos e psiquiatras do Instituto Médico Legal.

O parecer do MP é contrário ao parecer final do inquérito feito pela Polícia Civil. O delegado Willian Douglas Soares, responsável pelas investigações, já havia descartado qualquer motivação religiosa na chacina. "Sei que houve uma reunião com o movimento negro. Mas como não sei o que foi apresentado, é difícil falar do que eu desconheço", explicou.

Crime

Os crimes ocorreram no dia 3 de agosto. Segundo relato de testemunhas à polícia, Quirino brigou com a companheira Patrícia Amorim Dias, de 19 anos, e na sequência esfaqueou e matou a própria mãe, Ariadne dos Anjos, 48 anos. Em surto e nu, o rapaz pulou o muro da casa e atacou a mãe de santo e líder do movimento negro Vilma Santos de Oliveira, a Yá Mukumby; a mãe dela, Allial de Oliveira dos Santos, 86 anos; e a neta Olivia Santos de Oliveira, 10 anos. Todas foram mortas a facadas.

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