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| Foto: Globo/Estevam Avellar

O Ministério Público de São Paulo ofereceu denúncia contra quatro pessoas acusadas de divulgar ofensas racistas contra a jornalista Maria Júlia Coutinho, da TV Globo, na internet em julho do ano passado. Os acusados podem responder pelos crimes de racismo, falsidade ideológica, injúria, associação criminosa na internet e corrupção de menores. Somadas, as penas podem chegar a 20 anos de prisão.

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De acordo com os promotores, Érico Monteiro dos Santos, de 27 anos, era o chefe do grupo, segundo revelou reportagem veiculada na noite desta terça-feira (22) pelo Jornal Nacional. Ele confirmou à polícia que administrava páginas que promoviam ofensas a determinados grupos na internet, mas negou ter atuado no caso em que Maria Júlia sofreu ataques racistas.

Ainda segundo a versão do MP, Érico combinou os dias e horários das ofensas que seriam divulgadas pela internet contra a jornalista com Rogério Wagner Sales e Kaique Batista. Eles tiveram a ajuda do profissional de informática Luis Carlos de Araújo. Quatro menores de idade teriam participado da divulgação das mensagens contra a jornalista, ainda segundo o MP. A Promotoria da Infância e Juventude vai analisar a participação deles.

Para chegar aos nomes dos quatro acusados, os promotores cruzaram informações obtidas nas redes sociais em que os comentários racistas foram feitos, com celulares e computadores apreendidos ao longo das investigações.

Em dezembro, quando foi levado para depor no MP, Érico disse que o objetivo do grupo era ficar famoso. Segundo o acusado, “acharam uma maneira de propagar a fama mais fácil fazendo ataque de racismo”. Érico também disse, naquela oportunidade, que os ataques miravam pessoas famosas para ganhar destaque nas redes sociais.

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