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13 policiais presos

Uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, resultou na prisão de trinta pessoas nesta sexta-feira (16), em Foz do Iguaçu, no Oeste do estado, suspeitas de integrar uma rede que exigia propina de contrabandistas para liberar a entrada de mercadorias irregulares no país. Entre os detidos estão 13 policiais civis e um guarda municipal. O grupo cobrava R$ 50 para fazer vistas grossas ao contrabando de mercadorias, armas e drogas.

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Quatro policiais militares e uma servidora pública que trabalhavam no Batalhão da Polícia Rodoviária de Cascavel, no Oeste do estado, nos anos de 2007 e 2008, são acusados de desviar equipamentos eletrônicos doados pela Receita Federal neste período. Um dos acusados é o atual comandante do Batalhão da PM em Toledo, major Welyngton Alves da Rosa. O Ministério Público (MP-PR), por meio da 7ª Promotoria de Justiça da Comarca de Cascavel, entrou na última quinta-feira (15) com uma ação civil pública contra os suspeitos pela prática de ato de improbidade administrativa. Segundo a denúncia do MP, a 3ª Companhia da Polícia Rodoviária, comandada por Rosa, recebeu a doação de alguns equipamentos apreendidos pela Receita Federal, no entanto, as investigações apontaram que dez laptops e uma câmara fotográfica digital foram desviados. O material é avaliado em R$ 15,4 mil.

O MP ainda pediu à Justiça o afastamento do major Welyngton até que a causa seja julgada. "Em razão da posição hierárquica que ele ocupa hoje, algumas pessoas podem ser influenciadas, ficar amedrontadas", explica o promotor Gustavo Henrique Macedo, envolvido na apuração do caso. "Durante a investigação, soubemos que ele entrou em contato com algumas testemunhas, perguntando sobre o processo", acrescenta o promotor.

O coronel Sérgio Filardo, comandanate do Policiamento do Interior (CPI) - responsável por chefiar o batalhão onde Rosa está lotado - informou que a PM também vai investigar o caso. "Por enquanto, não recebi nenhum documento oficial da Justiça, mas vamos instalar um procedimento administrativo para saber exatamente o que aconteceu. Depois, vamos decidir se o major será afastado ou não", declara Filardo.

Os servidores foram denunciados por enriquecimento ilícito em razão da apropriação indevida de bens públicos. Caso sejam condenados, eles estão sujeitos ao pagamento de multa, perda do cargo, reparação do dano e suspensão de direitos políticos.

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