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O prefeito Hugo Berti (PMDB), de Moreira Sales, no Noroeste do Paraná (60 quilômetros de Umuarama), teve os seus bens indisponibilizados pelo Ministério Público (MP), assim como outras sete pessoas do município. Berti é acusado de cometer irregularidades na prefeitura desde 2001, quando foi eleito pela primeira vez. O prejuízo aos cofres público é calculado em cerca de R$ 300 mil.

Segundo o promotor de Justiça, Vilmar Antonio Fonseca, o prefeito teria constituído duas empresas e utilizado o nome de "laranjas" como sócios. "São pessoas que não têm patrimônio nenhum", afirma Fonseca. A primeira empresa foi aberta em 2001, como o nome de Campolim Serviços de Mudas e Jardins Ltda, e a segunda seria de 2002, com o nome de P. Buzato & Cia Ltda. "Houve um desentendimento entre os sócios, prefeito, contador e o prefeito constituiu a segunda empresa", relata Fonseca.

As empresas já não existem mais. Elas prestavam serviços de limpeza para a prefeitura, como coleta de lixo e podas de árvores, e nunca teriam prestado serviços a outras pessoas físicas ou jurídicas. De acordo com o promotor do MP, foi constatado que "a única movimentação financeira da empresa era de dinheiro do município".

Também tiveram a indisponibilidade de bens o assessor jurídico da prefeitura Rivelino Skura, o ex-secretário geral Antonio de Gáspari Sobrinho; os funcionários públicos Oswaldo Franzo e Ariosvaldo Antonio Fodra; os sócios da P. Buzato, Paulo Buzzato e Vandete Silvino da Rosa; e os sócios da Campolim, Geninho Campolim da Silva, João Ferreira de Souza e Maria Terezinha Siviero, que teria assumido no lugar de João.

Afastamento

O MP solicitou o afastamento do prefeito Hugo Berti, mas o pedido foi indeferido pela Vara Cível da Comarca de Goioerê, que deferiu apenas o bloqueio de bens. "Agora vamos entrar com um agravo no Tribunal de Justiça para tentar mudar a decisão que indeferiu o pedido de afastamento", complementa Fonseca.

Defesa

O prefeito Hugo Berti afirmou na noite desta terça-feira que ainda não foi intimado, mas que está tranqüilo quanto às acusações. "Não tem nada de erro, é uma intriga da oposição. Tenho minha administração limpa e transparente", disse. Segundo Berti, as duas empresas passaram por processos de licitação. "Nós temos como provar. Inclusive o promotor (Vilmar Fonseca) pediu cópias dos documentos da prefeitura desde 1996 e estamos entregando aos poucos", garantiu Berti.

O prefeito também defendeu os outros envolvidos. "Nenhum deles têm envolvimento. Mas é uma questão de tempo e tenho certeza que vamos provar isso bem rápido", conclui Berti. Ele afirmou que mesmo sem intimação se apresentará nesta quarta-feira ao Fórum para iniciar sua defesa.

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