O Ministério Público do Rio de Janeiro pediu o arquivamento do inquérito contra Allan Turnowski, ex-chefe de Polícia Civil. Ele era acusado de violação de sigilo profissional durante a Operação Guilhotina, da Polícia Federal, deflagrada em fevereiro.
O ex-chefe da Polícia Civil aparece em uma escuta telefônica conversando com um inspetor que estava sendo investigado na operação, e supostamente o teria alertado. Turnowski sempre negou a acusação, afirmando que não tinha conhecimento da operação. Mesmo assim, ele foi indiciado pela PF.
Segundo o MP, não há provas de que Turnowski tinha conhecimento da operação. "Não há qualquer elemento de que tenha havido contato do então chefe de polícia com os supostos indiciados, como se vê dos relatórios apresentados."
O MP lembra que outros investigados também não foram presos no dia da operação. "Inclusive, outros alvos da operação não foram presos e não foram encontrados em suas residências e, em momento algum, se supôs que estes outros tenham sido informados por alguém."
O MP explica que "as ligações telefônicas, que resultaram no seu indiciamento, ocorreram em novembro do ano de 2010, (...), e a deflagração da referida operação ocorreu quase 04 (quatro) meses após, mais precisamente em 11 de fevereiro do corrente ano de 2011."
O MP também alega que não faria sentido Turnowski alertar um investigado por telefone de que estava sendo monitorado. "Finalmente, seria ilógico que sabendo que alguém é alvo de monitoramento, que se diga para a pessoa através do telefone, que ela está sendo monitorada."
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