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São Paulo – O ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci (PT) afirmou ontem, por meio de sua assessoria, que o Ministério Público de São Paulo "está levantando um assunto já superado por decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que já aprovou as contas de 2002 da prefeitura de Ribeirão Preto (SP)".

O Ministério Público entrou com uma ação civil pública na Justiça pedindo o bloqueio de bens do ex-ministro por improbidade administrativa. Segundo o promotor Sebastião Sérgio da Silveira, a denúncia tem como base decisão do TCE, que julgou irregular as contas de Palocci daquele ano. A acusação lista supostas irregularidades na gestão do ex-ministro como prefeito de Ribeirão Preto.

O promotor afirmou que Palocci deixou a prefeitura com R$ 10 milhões em caixa, mas com dívidas de curto prazo de R$ 40 milhões.

Além do bloqueio de bens, o Ministério Público pede, na ação, a suspensão dos direitos políticos de Palocci, a perda do cargo, já que ele foi eleito deputado federal, e o ressarcimento do dinheiro aos cofres públicos.

O ex-ministro da Fazenda também foi acusado de envolvimento com a máfia do lixo, um esquema de suposto superfaturamento na prefeitura de Ribeirão Preto entre os anos de 2001 e 2004. O inquérito da polícia apurou suposta fraude no contrato de limpeza pública envolvendo a empresa Leão Leão durante o segundo governo petista em Ribeirão Preto.

Palocci deixou o Ministério da Fazenda em março de 2006, após ser acusado de mandar quebrar o sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa.

O caseiro havia desmentido o então ministro na CPI dos Bingos ao dizer que ele participava de reuniões em uma casa freqüentada por lobistas, em Brasília, para fechar negócios suspeitos e promover festas com prostitutas. O local, conhecido como República de Ribeirão Preto, foi alugado por ex-assessores de Palocci.

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