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O Ministério Público (MP) em Toledo, no Oeste do Paraná, requisitou à Polícia Civil a instauração de um inquérito para investigar duas mortes ocorridas neste domingo (29) no Hospital Bom Jesus. Alencar Rodrigues Chaves, 65, e Oldina Hugen Picker, 76, morreram de parada cardiorrespiratória enquanto aguardavam um leito na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O inquérito pretende apurar a suspeita de crime de homicídio contra a direção da unidade hospitalar por supostamente ter negado acesso à UTI.

Segundo o MP, os dois pacientes estavam inscritos na Central de Regulação de Leitos já que o hospital alegava não existir vagas de UTI disponível na unidade. Na manhã desta segunda-feira (30), o promotor Giovani Ferri acompanhado do diretor da Regional de Saúde, Odacir Fiorentin, visitou o hospital e constatou que no domingo havia três vagas disponíveis na UTI.

O promotor informou que o médico plantonista relatou que a decisão de não utilizar os leitos de UTI partiu da administração do hospital. O MP suspeita que a suposta sonegação de leitos foi motivada por pendências entre o hospital e o governo do Estado. Com a intervenção do MP, as vagas desocupadas foram preenchidas por outros pacientes que aguardavam a disponibilização dos leitos.

Em nota, o hospital informou que manteve o atendimento dos leitos de UTI conforme a demanda. Segundo o hospital, uma paciente de 16 anos recebeu alta da UTI no domingo, abrindo uma nova vaga. "Ao mesmo tempo, outros quatro pacientes aguardavam vagas de UTI e necessitavam de respiradores. Fato que a própria administração buscou solucionar ao emprestar do Samu um destes aparelhos, como forma de amenizar e resolver a situação".

Além do inquérito policial, o MP também abrirá um procedimento de investigação contra o hospital. Segundo a nota, o hospital imediatamente alertou à Central Reguladora de Leitos do Estado sobre a necessidade de transferência dos mesmos. "A instituição lamenta o ocorrido e está à disposição para esclarecer aos fatos", diz o documento.

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