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Rio de Janeiro - O Ministério Público Estadual pediu ontem a prisão de 30 policiais militares acusados de matar 20 pessoas em diferentes operações policiais. Todos os casos, que ocorreram em 2007 e 2008, foram classificados como autos de resistência, como são registrados as mortes de criminosos em confronto com a polícia. Mas, para o MP, as vítimas foram executadas. A Justiça ainda vai analisar a denúncia e o pedido de prisão.

Em 2007 e 2008, período investigado pelo MP, houve 2.467 registros de autos de resistência – média de três mortes por dia em confrontos com a polícia. O promotor Alexandre Themístocles analisou 20 desses casos, segundo informou o Jornal Nacional. Apenas duas vítimas tinham antecedentes criminais e todos eram jovens de 14 a 29 anos. De acordo com o laudo da perícia, a maioria foi morta à queima roupa ou com tiros pelas costas.

"Isso é atividade típica de grupo de extermínio, evidenciada pelas provas técnicas", afirmou o promotor Alexandre Themístocles, em entrevista ao Jornal Nacional. A assessoria de imprensa do MP informou que a íntegra da denúncia só seria divulgada hoje. O promotor Themístocles não foi encontrado pela reportagem.

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