• Carregando...

O Ministério Público (MP) pedirá hoje a prisão do Secretário de Saúde do Estado, Cláudio Xavier, por obstrução da entrega de Insulina Glargina à 3.ª Regional de Saúde em Ponta Grossa. O promotor Fuad Farah sugere que o gestor deve ser punido pela falta da entrega desse medicamento, visto que as multas diárias não estão resolvendo.

A auxiliar administrativa Lindamara Pavilaki fez a denúncia no MP na última terça-feira, pois seu filho, Jhonathan Pavilaki, de 16 anos, necessita desse tipo de medicamento para uso diário. A mãe comenta que teve uma despesa de aproximadamente R$ 450 no mês e sabe que não será ressarcida desse dinheiro que seria de obrigação do estado.

Para Lindamara, o direito não é apenas de seu filho, mas de outras pessoas que estão na mesma situação. A última vez que recebeu a insulina foi no dia 15 do mês passado e não contava em seu orçamento com uma despesa tão alta, além de temer pela saúde do filho. Cada medicamento comprado equivale a R$ 87, que na medida determinada em receita médica tem duração de cinco dias.

A Glargina/Basal é uma nova insulina de ação prolongada. Ela é absorvida lentamente e de forma estável pelo organismo a partir do local de base onde é aplicado (daí ser conhecida também como insulina basal), o que permite uma única aplicação diária.

A assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) comenta que o diretor da Central de Medicamentos do Paraná (Cemepar), Paulo Tadeu Almeida, confirmou que a insulina Glargina está incluída com outros medicamentos nos R$ 13 milhões liberados pelo governo do estado na quarta-feira. A assessoria acrescenta ainda que 90% das pacientes serão atendidos pelos próximos dois meses, pois cerca de 1,5 milhão de unidades de medicamentos serão repassados. O prazo para os medicamentos estarem disponíveis nas 22 regionais de saúde seria entre hoje e sexta-feira da semana que vem, dia 4 de maio.

Para Farah, o Estado está cometendo crime de desobediência a uma decisão judicial, além de pôr em risco a integridade física de pessoas que ficam à mercê do governo. "O que não pode é que ninguém seja responsabilizado até que a situação se regularize", disse.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]