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A promotora Vera Regina de Almeida, da 8.ª Promotoria de Investigação Penal do Ministério Público estadual, denunciou na tarde de ontem Caio Silva de Souza e Fábio Raposo por homicídio doloso. A dupla é acusada de acender e lançar o rojão que matou o cinegrafista Santiago Andrade, no último dia 6 de fevereiro, durante uma manifestação no Centro do Rio. A dupla vai responder por homicídio qualificado (motivo torpe) e crime autônomo de explosão. Se condenados, podem receber pena de até 30 anos de prisão cada um.

A promotora concordou com o delegado Maurício Luciano de Almeida, responsável pelas investigações, e requereu à Justiça a conversão da prisão de Raposo e Souza de temporária para preventiva. Os dois estão presos temporariamente no complexo penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio.

O procedimento foi encaminhado à 3.ª Vara Criminal do Rio. Caso o juiz Murilo Kieling aceite a denúncia do MP, será aberta ação penal. Com isso, Raposo e Souza passarão da condição de acusados a réus.

Se o magistrado decretar a prisão preventiva dos dois, eles permanecerão atrás das grades até o julgamento, a não ser que obtenham habeas corpus em instâncias superiores. Se ao final da instrução do processo o juiz decidir pronunciá-los, eles serão julgados por um júri popular.

Na sexta-feira, o advogado Jonas Tadeu Nunes, que defende os acusados, disse que iria pedir a anulação do inquérito, alegando que a polícia coagiu Caio, ao colher o depoimento dele, na madrugada do dia 13, na Casa de Custódia José Frederico Marques, no Complexo de Gericinó, onde está preso. Segundo Jonas Tadeu, Caio contou que policiais o acordaram para prestar depoimento, alegando que Fábio, por já contar com o benefício da delação premiada, o estava acusando de ter praticado o crime sozinho.

O advogado disse ainda que, após a decisão do MP, entrará com pedido de habeas corpus, no qual vai requisitar a anulação do inquérito.

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