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O Ministério Público do Rio (MPRJ) espera, em um prazo máximo de 30 dias, checar o número de corpos ainda não identificados e o de pessoas desaparecidas em consequência do temporal de janeiro em Nova Friburgo, na região serrana fluminense.

O promotor de Justiça, Hedel Nara Ramos, disse à Agência Brasil que de 2% a 3% do total de corpos enterrados em Nova Friburgo ainda dependem de identificação. "A diferença entre os corpos já sepultados sem identificação (que são 38) e o de pessoas desaparecidas corresponde também ao número de corpos cujos parentes indicam os locais em que eles possivelmente estão. A rigor temos, me parece, um número muito próximo entre corpos sepultados e corpos ainda em trabalho de busca ou de número de desaparecidos".

O MPRJ promoveu audiência pública, no ginásio do Nova Friburgo Country Clube, com autoridades e representantes de órgãos públicos para prestar esclarecimentos à população sobre a tragédia e as providências que vêm sendo tomadas para reduzir os transtornos e o drama vivido pela população.

Hedel Nara Ramos garantiu que o cadastro de desaparecidos que consta do programa de identificação de vítimas só será alterado com o registro efetivo da localização dos corpos e a correspondente guia do exame cadavérico.

Para facilitar o trabalho, disse Hedel Ramos, foi recolhido material genético para exame de DNA dos corpos sepultados sem identificação.

"Todos os recursos foram postos à disposição para posterior identificação dos corpos por meio de material genético. Nós já temos um banco de dados de material genético bastante expressivo. Temos, por outro lado, um banco de dados com o registro de desaparecidos que está sendo confrontado com esse número", afirmou.

Dados do MPRJ divulgados ontem (14) indicam que existem na região serrana fluminense 405 comunicações de desaparecidos. O levantamento está sendo feito por meio do programa coordenado pela Justiça. Esses números são diariamente consolidados e processados com base nos dados das comunicações de desaparecimentos.

"As informações registradas por parentes e amigos são checadas com os dados de hospitais, institutos médicos legais e abrigos, entre outros. Além disso, equipes de apoio vão a campo em busca de maiores dados que possibilitem as localizações".

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