MPF pede informações sobre vazamento de cloro em Alagoas

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O Ministério Público Federal em Alagoas instaurou, nesta segunda-feira (23), procedimento administrativo para apurar o vazamento de cloro da Unidade de Cloro Soda da Braskem, em Maceió. O objetivo é avaliar se há risco à população e eventual responsabilidade por lesão a direito difuso ou coletivo.

Um vazamento de cloro intoxicou ao menos cem pessoas na tarde de sábado (21), no Bairro Pontal da Barra. Nesta madrugada, o rompimento de uma tubulação deixou cinco trabalhadores feridos na unidade.

O procurador regional dos Direitos do Cidadão, Rodrigo Tenório requisitou informações à Braskem, ao Hospital Geral do Estado (HGE), ao Instituto do Meio Ambiente do Maceió (IMA) e ao sindicato de trabalhadores de Comissão Interna de Prevenção a Acidentes (Cipa) dos funcionários da indústria.

No prazo de 90 dias, o procedimento deve ser convertido em inquérito civil público, que poderá servir de base para uma ação civil pública.

De acordo com informações do MPF, a direção da Braskem terá cinco dias, a partir do recebimento do comunicado oficial, para apresentar sua versão sobre o incidente, bem como a avaliação do risco à população e medidas que pretende tomar após o vazamento.

O MPF também requereu informações sobre a posição dos funcionários acerca dos motivos do acidente e do risco de novos vazamentos ocorrerem. Ao IMA, foi requerido relatório de inspeção feita no local, com o quadro encontrado e o risco atual para a população.Vazamento

Segundo o Corpo de Bombeiros, a nuvem do produto químico passou por cima da favela "Sururu de Capote", o que deixou algumas pessoas com olhos e gargantas irritados.

"No sábado, 129 pessoas deram entrada no hospital com sintomas como tosse, cansaço, falta de ar e mal-estar. Dessas, 29 ficaram hospitalizadas para receber medicamentos, mas 28 foram liberadas até o início da manhã deste domingo", disse ao G1 a administradora de plantão do HGE, Betânia Cotrim. A criança que permanecia no hospital estava em observação por apresentar problemas respiratórios. Ela foi liberada e passa bem, segundo a Sesau.