O Ministério Público Militar (MPM) acompanha o inquérito policial instaurado para apurar se houve excessos por parte dos soldados envolvidos no confronto de domingo à noite com moradores do Complexo do Alemão. Nesta quarta-feira (07), o Exército comunicou o afastamento de quatro militares. Nesta quinta-feira (08), uma procuradora e três promotores do MPM se reuniram com o comando militar do Leste, na sede da Força de Pacificação, no Alemão.
"Estamos muito atentos a qualquer tipo de conduta abusiva que exceda o estrito cumprimento do dever dessa tropa, que está aqui por requisição, não porque quer", disse a procuradora de Justiça Militar, Hevelize Jourdan. "Tivemos um contato com a comunidade, vimos que estão satisfeitos com o trabalho do Exército, mas é óbvio que qualquer desvio ou conduta excessiva será devidamente e exaustivamente apurado", afirmou.
Os promotores divulgaram o número de telefone 0800 021 7500 para receber denúncias de moradores que se sentirem intimidados pela atuação da tropa. Segundo o promotor Antônio Facuri, neste momento não é possível afirmar se houve ou não excesso por parte dos soldados. Já o promotor Luciano Gorrilhas entendeu os conflitos desta semana como uma "ação orquestrada pelo tráfico".
"Foi uma orquestração para diminuir a autoridade do Exército para que o tráfico pudesse reassumir a comunidade. Hoje tivemos a informação de que eles (traficantes) utilizam crianças e mochilas de moradores, até idosos, para transportar a droga. Esses moradores estariam sendo obrigados a fazer isso", disse Gorrilhas.
O comandante militar do Leste, general Adriano Pereira Júnior, esteve ma Força de Pacificação e afirmou que as imagens do confronto de domingo estão sendo analisadas. "Olhamos todos os vídeos para ver o que pode ser melhorado", disse. Ele afirmou que o tráfico não tem poder para retomar o Alemão. No complexo, que permanece com segurança reforçada e revista em todos os acessos, o Exército montou quatro bases fixas de patrulhamento em locais considerados estratégicos.
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