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O MPT (Ministério Público do Trabalho) sugeriu hoje que os agentes penitenciários suspendam a greve, iniciada no último dia 10, por um período de 48 horas, para que a categoria possa retomar as negociações com o governo paulista.

A sugestão foi feita em reunião ocorrida na manhã de hoje, com as duas partes. Os sindicatos da categoria se comprometeram a levar a proposta para assembleias marcadas para o início da noite de hoje. Já o governo se comprometeu em se reunir com os agentes amanhã para novas negociações.

Os agentes penitenciários pedem reajuste salarial de 20,64%, redução de oito para seis classes e aposentadoria especial com 25 anos de carreira. O governo ofereceu redução para sete classes, pagamento de diárias especiais e reajuste do adicional de periculosidade para parte dos agentes.

Os grevistas têm promovido piquetes em alguns CDPs (Centros de Detenção Provisória) para impedir a entrada e saída de presos. Com isso, a Tropa de Choque da Polícia Militar foi acionada na semana passada para garantir transferências e a ida de presos para audiências judiciais marcadas.

Na quinta e sexta-feira da semana passada, chegaram a ocorrer tumultos, com o uso de gás de pimenta por parte dos policiais e com a retirada forçada dos agentes que se recusavam a deixar a frente das prisões para a passagens dos carros com presos.

Segundo a SAP (Secretaria da Administração Penitenciária), o uso do Choque ocorre para garantir o cumprimento de uma liminar da Justiça que proibia esse tipo de piquete e prevê uma multa diária de R$ 100 mil por unidade prisional paralisada.Houve registros de audiências que foram canceladas porque os réus presos não foram apresentados pelos funcionários do sistema prisional nos fóruns.

Além disso, sem poder levar presos para os CDPs (centros de detenção provisória), as celas nos distritos policiais estão superlotadas, o que, segundo membros do governo, põe em risco as unidades devido à possibilidade de resgate ou motim pelos detentos.

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