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O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) considerou positivo o encontro com representantes dos governos federal e estadual que ocorreu nesta sexta-feira (19), no Ginásio do Tarumã, em Curitiba. De acordo com o MST, as principais reivindicações foram atendidas, como a ampliação e construção de escolas nos assentamentos, apoio à agricultura familiar e assentamento de seis mil famílias acampadas no Paraná. As mobilizações em Curitiba começaram na terça-feira (13) e terminaram nesta sexta.

O governador do Paraná, Orlando Pessuti,a ministra do Desenvolvimento Social, Márcia Lopes, o superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Nilton Bezerra Guedes, participaram da reunião com lideranças e militantes do MST.

De acordo com Diego Moreira, um dos coordenadores do MST no Paraná, houve avanços com relação à promoção da Reforma Agrária no estado. "Voltaremos para os assentamentos satisfeitos, principalmente por causa das escolas e a das famílias que serão assentadas no Paraná", disse Moreira.

O governo do Paraná se comprometeu a construir ou ampliar 19 escolas em assentamentos do Paraná, segundo informações da Agência Estadual de Notícias, órgão oficial de comunicação do governo estadual. Já o Incra afirmou que as seis mil famílias que vivem em acampamentos serão assentadas até dia 31 de dezembro de 2010.

Além disso, a ministra do Desenvolvimento Social anunciou que o governo federal vai liberar verba de R$ 15 milhões para apoiar a agricultura familiar no país. Sendo assim, para que o MST também possa receber investimentos, terá que se organizar e trabalhar na produção de alimentos. E esses produtos serão comprados pelo governo federal para serem utilizados na merenda escolar.

Caso as promessas não saíam do papel, o movimento poderá fazer novas mobilizações na capital, como passeatas, caminhadas, reuniões, entre outros.

Ações

Ao longo da semana, o MST promoveu outras ações em Curitiba. Na quinta-feira (15), os sem-terra tiveram uma audiência com a superintendência do Incra. Na quarta-feira (14), o comando do movimento se reuniu com lideranças da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do Banco do Brasil e da Secretaria de Estado de Educação, para cobrar mais apoio e infraestrutura aos acampamentos e assentamentos. Os militantes também participaram de uma passeata que cobrava o afastamento do deputado Nelson Justus (PMDB) da presidência da Assembleia Legislativa. Na ocasião, os manifestantes derrubaram o portão do prédio e ocuparam o saguão da Casa de Lei.

Na terça-feira (13), os militantes promoveram uma passeada, chamada de Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária, para relembrar o massacre de Eldorado de Carajás (PA), ocorrido em 1996, e para cobrar mais agilidade na implantação da reforma agrária. No restante do país, o MST deu sequência à mobilização conhecida como Abril Vermelho, que contabiliza 42 ocupações em 12 estados. Em São Paulo, houve invasão de cinco prédios públicos.

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