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O coordenador estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), José Damasceno, classificou a decisão judicial que proíbe integrantes do grupo de se aproximarem ou tentar invadir a Fazenda Três Jota, em Londrina (Norte do Paraná), de propriedade do deputado licenciado José Janene (PP), como "um absurdo que não merece nem comentários". A liminar de interdito proibitório, obtida pela defesa do deputado, estipula multa de R$ 10 mil diários caso o MST ameace a propriedade, localizada no Distrito de Guaravera.

A 3 Jota foi invadida em setembro e, na semana passada, a PM prendeu 18 pessoas acusadas de formar uma milícia para expulsar os sem-terra da área. A reintegração de posse da fazenda, determinada pela Justiça em setembro, nunca foi cumprida pela Secretaria da Segurança.

"Da Justiça a gente espera tudo e mais um pouco o que for contra os trabalhadores", afirmou o líder do MST, para quem "uma decisão dessas compromete o Poder Judiciário e desmoraliza o sistema diante da opinião pública".

UDR

Marcos Prochet, presidente da União Democrática Ruralista (UDR) do Paraná e vice-presidente da UDR Nacional, afirma que a multa para os sem-terra é uma piada "porque o MST sequer tem personalidade jurídica para ser cobrado quando infringe a lei". "Em Querência do Norte as fazendas conseguiram 38 interditos proibitórios. O MST continua a invadir e dá risadas de qualquer decisão judicial", atacou.

De acordo com o presidente da entidade, "a população que não pense que o MST vai aumentar a produtividade se ganhar terras". "Se me provarem que conseguem viver sem depender do governo, dôo a minha terra e viro sem-terra com eles", desafiou. "Tenho certeza de que nenhum assentamento passou a produzir mais depois da fazenda ser invadida".

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