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Michel Laub é atração nesta quarta. Veja quem vem depois: | Divulgação/Nume Comunicação
Michel Laub é atração nesta quarta. Veja quem vem depois:| Foto: Divulgação/Nume Comunicação

Incra aproveita protestos pela reforma agrária e também pára

Os 150 funcionários do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Curitiba fizeram uma paralisação nesta terça-feira aproveitando a onda de protestos que marca o dia em todo o país. A manifestação serviu, segundo a assessoria de imprensa do Instituto, para demonstrar que os servidores estão atentos às discussões do Plano de Aceleração do Crescimento, que ocorrem em Brasília.

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Concessionárias conseguem liminar de desocupação

- Viapar - desocupação das praças de pedágio de Floresta, Arapongas, Campo Mourão, Mandaguari e Corbélia. A Viapar aguarda o cumprimento das liminares bem como a reintegração de posse da praça de Presidente Castelo Branco, que também sofreu invasão do MST.

– Ecovia – referente a praça de São José dos Pinhais – liminar concedida pela juíza federal substituta Sandra Regina Soares – 1ª Vara Criminal em Curitiba

– Rodonorte – referente às seis praças ocupadas: São Luiz do Purunã, Witmarsum, Carambeí, Tibagi, Imbaú e Mauá da Serra (só a praça de Jaguariaíva não foi invadida). Pena de multa diária de R$ 10 mil. Reintegração concedida pela juíza federal Vera Lucia Feil Ponciano, da Justiça Federal de Curitiba.

- Rodovia das Cataratas – referente a praça de pedágio de Cascavel. Concedida pelo titular da 1ª Vara Cível de Cascavel, juiz Fabrício Mussi.

- Caminhos do Paraná – referente à praça da Lapa.

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) desocuparam três praças de pedágio nesta terça-feira (17), mas, até as 21h, ainda mantinham 22 das 27 praças do Paraná ocupadas. A invasão começou na madrugada desta terça-feira e ocupou 25 praças de pedágio com a justificativa de fazer parte da Jornada de Lutas pela Reforma Agrária, que ocorre em todo o país no dia 17 de abril, para denunciar a impunidade do Massacre de Eldorado de Carajás, que ainda não condenou os responsáveis pelo assassinato dos 19 trabalhadores mortos em 1996.

Até as 19h30 desta terça-feira, as concessionárias de 16 das 27 praças do estado já tinham conseguido na justiça uma ordem de desocupação. Nelas, as polícias Rodoviária Federal e Federal são intimadas a fazer cumprir a ordem de reintegração. Entretanto, também até as 17h, apenas duas praças de pedágio, ambas administradas pela concessionária Caminhos do Paraná, tinham sido desocupadas espontaneamente - uma em Prudentópolis e a outra em Laranjeiras do Sul. Por volta das 20h30, também a praça da Ecovia, na BR-277, que liga Curitiba às praias do estado, foi desocupada. De todas as praças de pedágio do Paraná, somente duas não foram invadidas, uma da Rodonorte, em Jaguariaíva, e outra da Caminhos do Paraná, em Imbituva.

Ordem judicial

A Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), regional Paraná, informou que no fim da tarde oficiais de Justiça e seis veículos da Polícia Rodoviária Federal estiveram na praça da Ecovia para cumprir a ordem judicial de desocupação. Oficiais de Justiça fizeram a leitura do termo no final da tarde mas os manifestantes não acataram a decisão judicial. Com isso, os policiais, com base na ordem judicial, fizeram a reintegração de posse da praça de pedágio próximo das 20h20. A ação foi rápida e pacífica e os invasores deixaram o local. Os funcionários da empresa voltaram às atividades por volta das 20h30.

Os oficiais também estiveram nas praças de Jataizinho e Jacarezinho. Acompanhados com apenas dois policiais militares, segundo a ABCR, o MST não desocupou as praças.

Já no início da tarde, a ABCR informou que todas as seis concessionárias que administram rodovias no estado já entraram na justiça para desocupar as praças de pedágio.

Invasões

Permanecem invadidas todas as seis praças na empresa Viapar (Floresta, Arapongas, Mandaguari, Campo Mourão, Corbélia e Castelo Branco), três praças de pedágio da Econorte (Jacarezinho, Jataizinho e Sertaneja), três praças da Caminhos do Paraná (Irati, Porto Amazonas e Lapa), cinco da Rodovia das Cataratas (São Miguel do Iguaçu, Céu Azul, Cascavel e Candói), seis da Rodonorte (Witmarsun, São Luiz do Purunã, Carambei, Tibagi, Imbaú e Mauá da Serra).

Segundo a Rodonorte, nas praças de pedágio administradas pela empresa, os manifestantes cortaram os cabos telefônicos e das câmeras de segurança. A ABCR estima que o maior prejuízo não seja com equipamentos danificados, geralmente cancelas, mas sim com a passagem gratuita dos veículos pelas praças de pedágio.

Todas as cancelas, em todas as praças ocupadas, foram liberadas e os motoristas passam sem pagar pedágios. Segundo o MST, cerca de 3 mil integrantes do movimento participam das invasões nesta terça-feira em todo o Paraná. De acordo com a coordenação do movimento, as praças devem ficar invadidas até a quarta-feira (18) à tarde.

Os manifestantes exigem o assentamento das 8 mil famílias acampadas, em beiras de estradas e latifúndios improdutivos, além de fazer denúncias contra o agronegócio e a privatização das rodovias.

Litoral

A praça de pedágio da Ecovia foi uma das primeiras a serem invadidas. Segundo a concessionária, cerca de 30 pessoas ligadas ao MST invadiram às 5h30, desta terça-feira (17), a praça de pedágio da BR-277, que dá acesso às praias paranaenses. Depois, um outro grupo de 20 pessoas se uniu ao protesto. Depois da desocupação, os funcionários da empresa voltaram às atividades normais por volta das 20h30.

Pelo país

Também nesta terça-feira, mais de 200 pessoas ligadas ao MST invadiram um engenho em Pernambuco. Os sem-terra cortaram as cercas e começaram a levantar as barracas. As terras pertencem a uma usina e eram antigas plantações de cana.

Na segunda-feira (26), cerca de 800 agricultores ligados ao movimento invadiram a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Brasília. Eles reivindicam o assentamento de 1,8 mil famílias e a condenação dos culpados pelo massacre de Eldorado dos Carajás.

Outros 5.000 manifestantes chegaram a Salvador (BA). A marcha começou na semana passada, em Feira de Santana. Os agricultores fazem parte de uma mobilização nacional que pede mais agilidade na realização da reforma agrária.

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