MST protesta contra atraso de cestas básicas
Cerca de 200 integrantes do MST ocuparam na manhã desta terça-feira o portão de acesso dos armazéns da Companhia de Nacional de Abastecimento (Conab), em Apucarana, Norte do Paraná.
Os manifestantes protestam contra a interrupção na entrega de cestas básicas para 9 mil famílias de acampamentos do MST em todo o Paraná.
De acordo com José Damaceno, da coordenação estadual do MST, a última remessa foi entregue no mês de fevereiro. "Os acampados deixaram de receber esse complemento de sua alimentação, que faz parte de um acordo firmado com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Conab e o Incra", criticou Damaceno.
Damaceno deve se reunir com o gerente do entreposto da Conab em Apucarana, Jeferson Raspante, na manhã desta quarta-feira.
Cerca de 5 mil família de trabalhadores rurais do Movimento dos SemTerra (MST) iniciaram, na manhã desta terça-feira (24), uma mobilização em frente à agências do Banco do Brasil em 14 municípios do interior do Paraná. Segundo o MST, a manifestação é nacional e vai durar até sexta-feira (27).
Os assentados cobram do governo federal agilidade na Reforma Agrária e renegociação das dividas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), junto ao Banco do Brasil.
No Paraná, a manifestação aconteceu em agências bancárias dos municípios de Manoel Ribas, Pitanga, Tibagi, Rio Bonito do Iguaçu, Quedas do Iguaçu, Telêmaco Borba, e Palmital, na região Central; Querência do Norte, no Noroeste; Santa Cecília do Pavão, Tamarana, Londrina e Apucarana, no Norte; Peabiru (Centro-Oeste) e Lapa na região metropolitana de Curitiba. Nesta quarta-feira, a manifestação deve se estender para as cidades de Bituruna e Paranacity.
De acordo com o coordenador do setor de produção do MST no Paraná, Luiz Alonso Sales, os assentados vão fazer apenas vigílias em frente e dentro dos bancos. "O estado é grande e durante a semana novos municípios podem entrar nesta lista da manifestação". A escolha pelas cidades, segundo a assessoria do movimento, é pela proximidade com acampamentos do MST e por ser o local onde os integrantes do movimento recebem os créditos agrícolas do governo federal.
"Estamos pedindo uma prerrogativa de 20 anos para pagar os financiamentos feitos junto ao Banco do Brasil e uma carência de 5 a 8 anos para começarmos a pagar a dívida", afirmou Sales. Os assentados também querem que o governo federal crie uma política que compre 70% da produção de cada família e pague 30% a mais que o valor de mercado pelos produtos.
"Queremos que o governo federal tenha uma política diferenciada para os assentados e para os pequenos agricultores", definiu Sales. De acordo com o MST, no Paraná ainda existem 7 mil famílias acampadas em beiras de estradas e latifúndios improdutivos, a espera da reforma agrária.
Segundo a assessoria de imprensa do Banco do Brasil, nenhuma agência do banco foi fechada em razão da manifestação. Os agricultores estão apenas em frente aos bancos e não prejudicam o acesso dos clientes, mas o banco não confirma que todas as cidades listadas pelo MST estão enfrentando a manifestação.
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