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O tenente-coronel da Polícia Militar Valdir Copetti Neves promete protocolar hoje um pedido de reintegração de posse do Sítio São Francisco I, em Ponta Grossa, ocupado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) desde sábado. De acordo com o advogado que representa o militar, Carlos Biazetto, a invasão é uma atitude de retaliação por conta do suposto envolvimento do coronel na formação de milícias armadas para proteger áreas de fazendeiros.

Nenhum líder do MST foi encontrado no local para comentar o caso. Contudo, membros do movimento disseram que a ocupação não é uma vingança, apesar de, segundo eles, Copetti ter sido um dos principais repressores do MST em anos anteriores e da descoberta de supostos planos para invadir o acampamento sem-terra que existe, há dois anos, ao lado do sítio. "Ocupamos porque a área é da União e não cumpre sua função social", afirmou uma integrante do MST.

Biazetto confirma que Copetti tem apenas a posse da terra. Porém, uma ação de usucapião tramita na Justiça para oficializar sua propriedade. O advogado diz que o sítio está nas mãos de posseiros há 70 anos e há 8 o coronel adquiriu a posse da área.

Os dois lados também divergem sobre os relatos da ocupação. Biazetto diz que a invasão foi violenta, promovida por homens armados. Segundo ele, o sítio foi depredado. O MST nega as acusações.

Biazetto ainda faz questão de frisar que a terra não atende os pré-requisitos para a divisão pela reforma agrária. Segundo ele, o sítio é produtivo e tem apenas 66 alqueires – área menor do que o tamanho mínimo estabelecido pela lei para desapropriação.

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