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Cascavel foi uma das 11 cidades onde o MST bloqueou rodovias. | Fotos: César Machado/Gazeta do Povo
Cascavel foi uma das 11 cidades onde o MST bloqueou rodovias.| Foto: Fotos: César Machado/Gazeta do Povo

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) organizou manifestações nesta quarta-feira (11) em pelo menos 18 estados e no Distrito Federal, segundo a própria organização. Entre as ações, estavam o bloqueio de rodovias e a ocupação de propriedade rurais, prédios públicos e agências bancárias. Segundo o MST, os protestos mobilizaram mais de 30 mil pessoas pelo país e fizeram parte da agenda da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Camponesas e da Jornada Unitária do Campo.

Em protesto contra o avanço do agronegócio no país, o MST cobrou mais investimentos na produção, industrialização e venda de alimentos. No Paraná, manifestantes protestaram em 11 pontos de estradas federais e estaduais, liberando cancelas de pedágio e bloqueando rodovias. Às 17h30, todas as estradas estavam liberadas, conforme informou o MST. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) também confirmou que não havia mais manifestações neste horário.

Conforme o MST, ocorreram bloqueios nas cidades paranaenses de Mandaguari, Arapongas, Cascavel, Mauá da Serra, Campo Mourão, Nova Laranjeiras e nos trevos de Ampére, Marmeleiro, Itapejara e entre Dois Vizinhos e Verê, em Francisco Beltrão. O último local a ser liberado foi um ponto em Jataizinho.

A PRF confirmou cancelas liberadas ao longo do dia na praça de pedágio de Arapongas, que fica no km 178 da BR-379, nos km 126 e 129 da BR-369, respectivamente em Jataizinho e Mandaguari, e também no km 464 da BR-277, em Nova Laranjeiras. Já em Cascavel, a PRF diz ter ocorrido um protesto que interditou a BR-277, com intervalos de liberação. A mesma situação ocorreu em Mauá da Serra, no km 295 da BR-376.

Os manifestantes pedem a retomada das compras com doação simultânea do Programação Nacional de Alimentação (PAA) e da Programação Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Cobram ainda maior agilidade na realização da reforma agrária com o assentamento das 6 mil famílias acampadas, mais investimentos na educação, a realização de uma reforma política com participação popular e mais políticas públicas de inclusão e desenvolvimento social.

Segundo o MST, além dos Paraná as ações ocorreram também em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Maranhão, São Paulo, Bahia, Distrito Federal, Paraíba, Goiás, Alagoas, Sergipe, Mato Grosso, Tocantins, Rio Grande do Norte, Ceará, Espírito Santo, Pernambuco, Piauí e Mato Grosso do Sul.

Além do MST, participaram da mobilização o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), a Associação de Estudos, Orientação e Assistência Rural (Assesoar), a Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf/Pr), a Rede Puxirão dos Povos e Comunidades Tradicionais, a Terra de Direitos, a União das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes), o Sistema Cresol de Cooperativas de Crédito Rural, entre outras.

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