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Os cerca de 600 membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) instalados desde segunda-feira na frente da Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Curitiba, podem levantar acampamento hoje. Tudo vai depender do resultado da reunião com o presidente do Incra, Rolf Hackbart, marcada para hoje às 14 horas, em Curitiba, e da audiência no Tribunal de Contas da União (TCU-PR), às 16 horas.

"Se o presidente do Incra der encaminhamento à nossa pauta de reivindicações e o TCU reavaliar o corte dos recursos do convênio podemos ir embora amanhã (hoje) mesmo", afirma um dos coordenadores do movimento, Nildemar da Silva. A vinda de Hackbart a Curitiba foi uma das exigências dos sem-terra, já que parte da pauta é de âmbito nacional.

Os manifestantes pedem, entre outras coisas, agilidade no processo de reforma agrária, fortalecimento do Incra, atualização do índice de produtividade da terra (um parâmetro de 1975 que define se uma terra é produtiva ou não), assentamento de 8 mil famílias acampadas e infra-estrutura e assistência técnica para os assentamentos.

Ontem, os sem-terra se reuniram com o Instituto de Terras, Cartografias e Geociências (ITCG), uma autarquia da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, para discutir a respeito de áreas de controle estadual que podem ser utilizadas para a reforma agrária. Além disso, o MST fez mais uma rodada de negociação com o TCU-PR sobre convênios de assistência técnica que estão suspensos.

"Se eles conseguirem esclarecer que os recursos dos convênios estão sendo controlados de maneira transparente, o dinheiro será liberado", afirma o secretário de Controle Externo do TCU-PR, Rafael Blanco Muniz. Segundo ele, na reunião de ontem, ficou decidido que o processo será reavaliado. "Eles dizem que mandaram os documentos, mas nós não temos aqui. Com os documentos em mãos, liberamos os convênios", diz.

No decorrer desta semana, foram realizadas também várias audiências com a superintendência regional do Incra para esclarecer a situação em 77 áreas, consideradas prioritárias pelos sem-terras no processo da reforma agrária no estado.

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