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Desde o último dia 24, cerca de 150 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) estão em 35,88 alqueires às margens da Rodovia do Talco, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, para pressionar o governo federal a desapropriar a área. No entanto, o terreno está em litígio porque de um lado, o ex-coronel da Polícia Militar e atual diretor do Detran, Valdir Copetti Neves, alega ser o dono do terreno, enquanto de outro está o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), ligado à Secretaria de Estado de Agricultura e do Abastecimento (Seab), que afirma ter a posse em sistema de comodato, em vigência desde 1978, pela Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa).

Reintegração

Dois boletins de ocorrência já foram registrados pelo Iapar – o primeiro contra o ex-coronel e o segundo contra o MST. O diretor administrativo e financeiro do Iapar, Altair Dorigo, afirma que a reintegração de posse é referente aos 66 alqueires que pertenceriam a Copetti. "Depois da desocupação, ele ficou com 111 alqueires", observa o diretor, referindo-se à área hoje reocupada pelo MST. Dorigo confirma que estão sendo tomadas as medidas legais cabíveis para o Iapar reaver a área. "Trata-se de equívoco ou má-fé", resume. A Embrapa também está providenciando medidas para retomar a área.

Defesa

O advogado do ex-coronel, Carlos Eduardo Biazetto, lembra que está tramitando processo de usucapião, mas que no momento da desocupação, a posse pertencia ao seu cliente. O estado de litígio, segundo ele, não interfere no processo da desocupação. Biazetto diz que se há equívoco, ele está sendo cometido pelo Iapar. Conforme o advogado, no último dia 14, o Iapar tentou tomar posse da área de 35,88 alqueires, mas a ação não foi concretizada devido à intervenção policial solicitada por Copetti.

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