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Ongs e entidades ligadas à saúde e direitos humanos estiveram no acampamento do MST na Fazenda São Francisco 2 em Ponta Grossa | Henry Milleo/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Ongs e entidades ligadas à saúde e direitos humanos estiveram no acampamento do MST na Fazenda São Francisco 2 em Ponta Grossa| Foto: Henry Milleo/Agência de Notícias Gazeta do Povo
  • Em foto feita pelo MST, suposto capanga de Copetti anda armado pela fazenda
  • Polícia Militar negocia com grupo para fim do conflito. A PM chegou a disparar balas de borracha para conter enfrentamento
  • Barracos dos sem-terra em fazenda de Ponta Grossa: ruralistas devem soltar nota hoje criticando ocupação de área, que ocorreu no sábado

PONTA GROSSA - Após o confronto que deixou oito feridos leves no último sábado, a invasão do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) na fazenda São Francisco II, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, recebeu a visita de representantes de várias organizações não governamentais, igrejas e parlamentares do PT e do PSOL. Enquanto o tenente-coronel reformado da PM Waldir Copetti Neves, que requer a área, aguarda cumprimento de ordem judicial para a retirada dos sem-terra do local, que está arrendado, os militantes planejam resistência. "Se a gente sair, a gente volta e ocupa de novo, ainda com mais força", avisou Joabe Mendes de Oliveira, uma das lideranças do acampamento.

As lideranças do movimento pediram ao deputado estadual Péricles de Mello (PT) que interceda junto ao Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) para agilizar o processo de reconhecimento da área como pública. A fazenda está em litígio entre Neves e a Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa), que a cedeu ao Iapar. Além disso, os sem-terra pediram ao deputado que negocie com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) uma reintegração pacífica.

A ordem de desocupação foi dada em primeira instância na última quarta-feira, mas diante da negativa do comando do 1.º Batalhão da PM em Ponta Grossa em acompanhar o oficial de Justiça para entregar a notificação, alegando falta de autorização da Sesp, o juiz Fábio Marcondes Leite emitiu uma segunda ordem, desta vez dando prazo de desocupação em até 24 horas após a notificação, sob pena de prisão a quem descumpri-la. Devido ao feriado prolongado de carnaval, a Sesp só terá expediente na quarta-feira. Segundo a filha do tenente-coronel reformado, Rafaela Neves, a expectativa é que a desocupação ocorra até o fim desta semana.

Na tarde do último sábado, após a retirada da viatura da Polícia Militar que fazia guarda na área, houve um conflito entre os sem-terra e funcionários e parentes de Neves. Oito pessoas ficaram feridas, sendo cinco do lado de Neves e três do lado do MST. A invasão, que é a quinta na mesma região em seis anos, já dura 10 dias.

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