Uma mulher de 35 anos e o filho dela, de 3, morreram na manhã de ontem em Guarujá, na Baixada Santista, depois que a lancha em que estavam virou perto da Prainha Branca. Os turistas moravam em Suzano (SP) e passavam o feriado no litoral paulista.
Na embarcação estavam outras seis pessoas, que foram resgatadas e passam bem, segundo a Capitania dos Portos de São Paulo.
A lancha virou a cerca de dez metros da praia. Apesar da baixa velocidade, ela estava de lado, paralela à onda. O ideal, diz a Capitania, é que, ao se aproximar de uma faixa de areia, o piloto posicione o barco de forma perpendicular às ondas e à praia.
Com o impacto, algumas das vítimas foram arremessadas para o mar, enquanto outras conseguiram pular antes de a lancha emborcar completamente. Com a força das ondas, a embarcação foi arrastada até a beira da praia.
"Quando desviraram a lancha é que viram que havia a senhora e a criança dentro", afirmou o capitão dos portos de São Paulo Ricardo Gomes. O menino usava colete salva-vidas, mas ficou preso a um cinto de segurança. A mãe não trajava colete - o acessório de segurança só é recomendado para crianças com até 12 anos de idade.
De acordo com a Capitania dos Portos, o piloto João Bosco Correia de Lima está habilitado para guiar a embarcação, mas não tinha experiência para navegar no local. O órgão abriu inquérito para investigar as causas do acidente. O relatório, segundo Gomes, deverá apontar se houve imperícia, imprudência ou negligência do piloto.
Outro fator que pode ter contribuído para o acidente é que a Prainha Branca, por ser de forte arrebentação, não é recomendada para a aproximação de embarcações. Apesar disso, lanchas não são proibidas de navegar ali.
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