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Uma menina de 4 anos está internada na UTI do Hospital de Base, em Brasília, desde a sexta-feira (31), com sinais de espancamento pelo corpo. A principal suspeita, segundo a polícia, é a mãe, que foi detida na Delegacia do Paranoá, no DF. Mas ela nega as agressões.

Na rua onde a família mora, no Itapoã, a 25 quilômetros do centro de Brasília, os vizinhos contam que a mãe estava muito nervosa quando socorreu a filha. Ela pediu ajuda ao dono de uma loja de construção para levar a menina ao hospital do Paranoá.

"Quando a gente estava indo para o hospital, eu perguntei o que tinha acontecido, se foi um acidente. Mas ela falou que uns dias atrás, sem saber dizer precisamente a data, que a criança tinha caído. Contou que a criança tinha pego uma cadeira para tirar um objeto que estava em cima da geladeira", conta o comerciante Napoleão Pontes Filho.

Na 6ª Delegacia de Polícia, que investiga o caso, a mãe contou que, há uns dias, teria usado um cinto para bater na filha. Ela também disse que o padrasto da menina não tinha batido nela. A mulher foi levada para exame de corpo de delito, no Instituto Médico Legal. "Eu não bati na cabeça dela. Assumo que bati no corpo com um cinto. Mas não bati na cabeça, ela caiu", revela a mãe.

A chefe de equipe do hospital, Máslova Ayres, informou que a menina está na Unidade de Terapia Intensiva, em estado grave, mas a situação é estável. Ela está consciente e respira sem a ajuda de aparelhos. Teve lesões cerebrais e várias marcas das agressões pelo corpo. Mas os médicos disseram que ainda não é possível dizer que ela ficará com alguma seqüela.

A mãe foi encaminhada para o presídio feminino de Brasília. O padrasto da criança também prestou depoimento. Ele foi indiciado por lesão corporal e é suspeito por omissão. Como se apresentou à polícia, não foi preso em flagrante.

"Ela deve pegar uma pena de um a cinco anos, majorada de um terço. Em relação ao padrasto da criança, por ter se apresentado espontaneamente na delegacia, foi indiciado nas mesmas penas que a mãe, porém não foi autuado. Agora, no prazo de dez dias para conclusão do inquérito policial, nós vamos verificar qual foi a participação que o padrasto teve no espancamento da criança", explicou o delegado adjunto Pablo Tavares.

Tavares afirmou ainda que o laudo do médico do Hospital de Base afirma que criança sofreu espancamento.

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