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caso esclarecido

Mulher encontrada esquartejada no Centro Cívico foi morta por asfixia, diz polícia

O motivo do crime seria a venda de drogas. Júlia Akvarenga Formizano teria roubado entorpecentes de dois traficantes do bairro e foi morta em represália

A delegada Sabrina Alexandrino explica que  a mulher foi assassinada dentro de um apartamento, no Centro Cívico | Antônio More/Gazeta do Povo
A delegada Sabrina Alexandrino explica que a mulher foi assassinada dentro de um apartamento, no Centro Cívico (Foto: Antônio More/Gazeta do Povo)

A prisão de dois homens na última sexta-feira (11), apontados como os assassinos da mulher que foi encontrada esquartejada no Centro Cívico no início de novembro, esclareceu o assassinato de Júlia Alvarenga Formizano, de 37 anos, de acordo com a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Além de determinar a autoria do crime, a investigação da Polícia Civil conseguiu determinar o local e a razão da morte da mulher e a participação dos moradores de rua, presos na mesma semana do crime.

Os homens presos têm 18 e 35 anos. As investigações, conforme a própria DHPP, foram intensas, mas fluíram de maneira mais fácil porque houve a colaboração de testemunhas. Segundo a delegada Sabrina Alexandrino, a mulher foi assassinada dentro de um apartamento, no Centro Cívico. Ela foi asfixiada e depois foi esquartejada.

O motivo do crime seria a venda de drogas. Conforme a polícia, Júlia era usuária de drogas e teria levado entorpecentes dos dois acusados de serem os autores do crime. “Ela dormiu uma noite no apartamento, sabendo que havia drogas no local ela pegou, vendeu e eles se vingaram dela”, explicou a delegada.

Segundo a delegada, a dupla teria forçado Júlia a da confessar que pegou a droga. Como ela não disse nada, eles decidiram matá-la. “Chegaram a perguntar pra ela de que forma ela queria morrer, se asfixiada ou por um tiro. Eles usaram um fio de computador para enforcá-la e depois terminaram de mata-la com um travesseiro por cima do rosto”.

Uma noite no apartamento

Após a morte da vítima, a dupla não sabia o que fazer com o corpo. “Eles decidiram dormir no apartamento com o cadáver no local. No outro dia, em comum acordo, decidiram serrar a perna da vítima para que pudessem esconder as partes”, explicou a delegada.

A dupla teria combinado com os moradores de rua para que eles buscassem o corpo. “Em troca de dinheiro ou de drogas, no horário combinado, os moradores de rua pegaram o corpo e só ‘desovaram’ próximo ao local do crime por causa da chuva. A ideia era deixar em um bairro mais afastado, mas a chuva os atrapalhou”.

Testemunhas e câmeras

Os policiais descobriram que o crime aconteceu dentro de um apartamento por causa das imagens das câmeras de segurança. “Nós descobrimos o endereço, nossa equipe entrou no prédio, conversou com várias pessoas que nos disseram que em um apartamento havia movimentação típica de tráfico de drogas, com entra e sai e pessoas”.

Quando os policiais conseguiram entrar no apartamento, um dos rapazes jogou uma serra pela janela e uma porção de droga. Enquanto os policiais buscavam descobrir o que ele havia jogado pela janela, ele fugiu pela entrada do prédio, mas foi preso na sequência.

A perícia do Instituto de Criminalística encontrou no apartamento indícios de que o crime foi praticado lá. “Foram encontradas manchas de sangue num colchão, fragmentos no tanque do apartamento, pedaços de pano sujos, uma faca e a serra supostamente usadas no crime. Tudo isso foi recolhido”, contou a delegada.

Além das câmeras de segurança, várias testemunhas ajudaram no trabalho da DHPP. “As pessoas conseguiram nos passar muitas informações, que foram importantíssimas”, considerou Sabrina Alexandrino.

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