Mulher mantida em cativeiro é libertada após nove meses
Uma mulher que era mantida em cárcere privado há nove meses foi libertada na última sexta-feira (16). O cativeiro era uma casa do bairro Rio Verde, em Colombo, na região metropolitana de Curitiba.
Depois de passar três meses em cárcere privado, Cândida Marilene Camargo, 32 anos, foi libertada pela Polícia Militar graças a uma denúncia anônima. O companheiro Jackson Antônio da Silva, 30 anos, foi detido acusado de mantê-la presa em casa, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. Em dez anos de convivência, Cândida disse a vizinhos ter sido agredida pelo companheiro, mas por medo, nunca denunciou Silva à polícia.
Eles não eram casados oficialmente, mas tinham um filho de 6 anos. Por precaução, o menino ficou sob os cuidados de uma vizinha na semana que antecedeu a prisão. Segundo os vizinhos, o agressor tinha crises e ameaçava espancar o filho. No sábado passado, quando foi preso, Silva estava com um cigarro de maconha. Apesar de Cândida ter confirmado em depoimento que o marido usava e vendia drogas, não foram encontrados indícios do crime na residência.
Nos últimos três meses, Cândida teria sido impedida de sair de casa. O marido colocou madeiras nas janelas e trancou os portões com cadeados. Ainda segundo os vizinhos, Silva aumentava o volume do rádio para abafar os gritos da Cândida quando ela apanhava. Por receio, os vizinhos não avisavam a polícia. No dia da prisão, Cândida foi encontrada com hematomas no corpo. Ela recebeu atendimento médico no pronto-socorro e realizou exames de corpo de delito.
O delegado Flávio Zanin disse que o acusado negou as agressões em depoimento. Cárcere privado é crime previsto no artigo 148 do Código Penal e prevê pena de um a três anos. Em março, um caso semelhante ocorreu em Colombo, na região metropolitana de Curitiba. O vendedor Dirceu Jacobi, 29 anos, foi preso depois de torturar e manter em cárcere privado a namorada, de 20 anos, durante nove meses.
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