Uma mulher se apresentou na tarde de terça-feira (15) no Conselho Tutelar do Boqueirão, em Curitiba, se dizendo mãe do bebê encontrado na última quinta-feira (10) abandonado em uma praça do bairro Jardim Social. A Polícia Civil, que investiga o caso, deve solicitar nos próximos dias um exame de DNA para confirmar a veracidade da informação.

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O bebê, do sexo masculino, foi encontrado no início da noite por uma professora. De acordo com o Hospital Evangélico, para onde ele foi encaminhado após ser resgatado, a estimativa era que a criança tinha cerca de três dias quando foi abandonada. O menino ficou sob observação até a terça-feira, quando foi encaminhado para um abrigo, sob responsabilidade da 1ª Vara da Infância e da Juventude.

Embora confirme que a suposta mãe se apresentou na terça-feira, o Conselho Tutelar não informou se a mulher pediu a guarda da criança novamente nem as explicações que ela deu para o abandono. Após ser atendida pelo órgão, a mulher foi encaminhada à 1ª Vara da Infância e da Juventude, onde foi ouvida pela juíza Lídia Munhoz Mattos Guedes.

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A reportagem tentou entrar em contato por telefone com a juíza, mas as ligações não foram atendidas na manhã desta quarta-feira (16). O Ministério Público (MP), que acompanha o caso, informou, entretanto, que nenhuma informação sobre o depoimento da mulher será divulgada, uma vez que, por envolver uma criança, o processo corre sob segredo de Justiça.

Desde a última sexta-feira (11), o Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria) investiga o caso. O superintendente do núcleo, Luiz Augusto Dias de Souza , tomou conhecimento da apresentação da suposta mãe ainda na tarde de terça-feira. Segundo ele, a delegacia solicitará nos próximos dias à Polícia Científica um exame de DNA para verificar se a mulher é realmente mãe do bebê abandonado.

"O prazo para o resultado leva mais de um mês para ficar pronto, mas, enquanto isso, continuaremos fazendo investigações nas ruas para verificar se as informações que a mulher deu batem com informações de testemunhas, por exemplo", diz. Segundo Souza, caso a suspeita seja realmente mãe do menino, ela deve ser indiciada por abandono de incapaz. Neste caso, o MP adianta que entrará com uma ação de destituição da guarda da criança, para que o bebê seja encaminhado para a adoção.

Caso a mulher não seja mãe do menino e os verdadeiros pais não sejam localizados, a situação será caracterizada como infante exposto, ou seja, criança cuja origem familiar é desconhecida. Da mesma forma, a promotoria pedirá o encaminhamento para adoção.