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Mulher que entregou a caixa com brigadeiros envenenados a um taxista para serem entregues na casa de uma adolescente de 14 anos foi identificada pela polícia | Delegacia de Homicídios / Divulgação
Mulher que entregou a caixa com brigadeiros envenenados a um taxista para serem entregues na casa de uma adolescente de 14 anos foi identificada pela polícia| Foto: Delegacia de Homicídios / Divulgação

A mulher que aparece em imagens do circuito de segurança de um shopping de Curitiba entregando uma caixa de brigadeiros envenenados a um taxista, no Capão Raso, foi identificada pela Delegacia de Homicídios (DH) de Curitiba. Margarete Aparecida Marcondes, de 45 anos, é doceira, de Joinville, Santa Catarina, e amiga da família da adolescente de 14 anos que comeu os doces.

Segundo o delegado titular da DH, Rubens Recalcatti, o carro de Margarete foi visto pelas ruas próximas ao shopping no dia e na hora da entrega dos doces. "A polícia chegou a ela pela imagem do carro e por outros fatos. Primeiramente nós estávamos trabalhando em cima da hipótese de que os doces teriam sido entregues por adolescentes, amigos das vítimas, mas depois passamos a questionar quem faria a festa de 15 anos da menina", disse o delegado Rubens Recalcatti.

Margarete era a responsável pelos doces da festa da adolescente e, segundo o delegado, ainda não há indícios da motivação da doceira.

Desaparecimento

Apesar de ter sido identificada, a doceira está desaparecida e o marido dela foi encontrado em casa agonizando após ter sido espancado na última quinta-feira (22). A última informação que a Polícia Civil tem de Margarete é da última terça-feira (20), quando ela foi flagrada pelas câmeras de segurança da concessionária que administra a BR-376, entre Curitiba e Joinville.

O marido de Margarete foi encontrado em casa por colegas de trabalho, que notaram a falta dele no trabalho. Ele estava com sinais graves de espancamento. Segundo Recalcatti, os ferimentos eram principalmente na região da cabeça e havia marcas de sangue por toda a residência e sinais de luta corporal. O homem está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital de Joinville.

Segundo a Polícia Civil, a casa de Margarete estava revirada e havia muito sangue espalhado pelo chão. Ainda não há confirmação se o sangue é só do marido dela ou a doceira possa ter sido agredida em casa, antes de desaparecer. No local, os policiais paranaenses apreenderam um óculos de sol e uma blusa de Margareth, semelhante as que ela usava nas imagens da câmera de segurança de um shopping no bairro Pinheirinho no dia em que ela entregou os brigadeiros ao taxista.

Na casa da doceira, os policiais encontraram ainda um pacote fechado de veneno para ratos. Recalcatti afirma que há um laudo que indica a presença de inseticida de alto risco, usado em plantações, em pelo menos dois docinhos. A Polícia Civil de Santa Catarina auxilia nas investigações.

O caso

A adolescente de 14 anos recebeu uma caixa com oito doces, na tarde de 12 de março, e quatro pessoas passaram mal após ingerir parte dos brigadeiros. Um taxista entregou os doces na casa da família da menina, no Jardim Futurama, no Umbará, de acordo com a Delegacia de Homicídios (DH). O homem disse à polícia que uma mulher elegante, bem vestida, o procurou - próximo ao Shopping Pinheirinho - e pediu para entregar a caixa com os bombons na casa da menina.

A adolescente de 14 anos recebeu alta no fim da tarde de segunda-feira (19) e deixou o Hospital de Clínicas (HC) após ficar internada por oito dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ela chegou a ter parada cardiorrespiratória no dia em que ingeriu os bombons.

Outros dois adolescentes, de 13 e 17 anos, deixaram o hospital uma semana antes. O primeiro esteve internado no Centro Municipal de Urgências Médicas (CMUM) do Pinheirinho e teve alta em 13 de março. O outro jovem foi levado para o HC e permaneceu no hospital até quinta-feira (15). A última a deixar o Hospital de Clínicas (HC) foi a adolescente de 16 anos, na terça-feira (20). Ela teve uma lesão pulmonar.

VIDA E CIDADANIA | 0:50

A Delegacia de Homicídios procura a mulher que aparece no vídeo e que teria entregado a caixa com os brigadeiros envenenados ao taxista. Ela teria pedido para entregar na casa da adolescente de 14 anos.

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